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Grandes homens – Erro de um – equívoco do outro!

A admiração pelos homens e mulheres que se destacam, no curso da humanidade, sempre os apresenta pelas qualida­des, e, seus passos inadequados ficam esquecidos. Parece que seus erros, grandes ou pequenos, são enterrados com eles.

Dois casos. Heidegger, sem nenhum questionamento, foi considerado o MAIOR FILÓSOFO do último século, e, por muitos, como um dos mais importantes de todos os tempos.

Seus pensamentos reformularam, grandemente, a clás­sica e a moderna filosofia. SÓ QUE, ele foi orientador de Hitler! Nem se diga que Platão foi a Siracusa para ensinar um tirano a governar, porque Heidegger se propôs a dirigir, filosoficamente, Hitler, e, Hitler não é um presidente ou mesmo um tirano, É UM MONSTRO. Um grande erro de um grande homem!

Já o outro grande homem a que me refiro é um amigo dos que mais admiro. Amizade nascida já nós dois maduros na idade, e, inicialmente por conta das lutas em favor do Sistema Cooperativo Unimed.

Depois, pela admiração ao gentil homem, esposo, pai, avô, cidadão que, através da medicina, na pediatria, for­mado na melhor escola do Brasil, nesse segmento, aquela dirigida pelo Prof Dr Voix, na Faculdade de Medicina da USP, de Ribeirão Preto.

Pediatria e medicina ensinadas para atender os pobres, pois, àquela época não havia a “terceira porta” na Faculda­de e no Hospital das Clínicas, como agora há, permitindo o atendimento, pago é verdade, das classes mais avantajadas, economicamente.

Antes da “terceira porta”, a Faculdade e o Hospital das Clínicas atendiam a classe pobre. Só a classe pobre!

Trata-se do Dr Pratinha, amável apelido que ganhou por ser originário do “Prata”, MG, mas na verdade, Dr GERAL­DO DA COSTA E SILVA, médico pediatra maior, na cidade e região de Araçatuba, SP. Ele não errou! Entendo todavia que ao se assumir como um homem de direita, anti-petista, confessamente um bolsonarista, comete equívocos.

Em relação a Heidegger a repulsa é total e verdadeira. Em relação a esse grande homem, Dr Pratinha não, ao contrário, há muita admiração e estima. Ele é autor de 15 livros de enor­me sucesso, hospedeiros de suas crônicas escritas à caneta bic, todos eles, os livros, fazendo referências, as mais gostosas possíveis de se ler, a nossa Ribeirão Preto, aos seus tempos de acadêmico da Faculdade de Medicina.

Ninguém, nenhum outro autor, conseguiu desenhar, ou fotografar, de forma tão holística, o que foram aqueles tempos em Ribeirão Preto. As noites nos Centros Acadêmicos das Fa­culdades de Medicina, Direito e Farmácia/Odontologia, com amálgamas de estudantes misturados de todas as Escolas. As noites em Ribeirão Preto, alegres e festivas, seguras! Os bares, restaurantes.

Fosse eu eleitor da Academia Brasileira de Letras, por certo, já o teria ali instalado como IMORTAL. Amizades nascidas na terceira idade podem ser sólidas, feitas de concre­to. Maduras, repito. Sem invejas. Plenas de Admiração. É esse o laço forte que me amarra ao Dr Pratinha, e, me faz perdo­á-lo da nossa divergência política! Até porque ele é ferrenho torcedor do meu BOTAFOGO!

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