O governador João Doria (PSDB) anunciou, durante esta semana, que o impacto econômico do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 foi de R$ 960 milhões, além da geração de 9,6 mil postos de trabalho. Os dados são de estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este é o melhor resultado da história da prova, que em 2022 completará 50 anos de Brasil, sendo a maior parte no Autódromo de Interlagos.
Mais de 180 mil pessoas lotaram o Autódromo José Carlos Pace no último domingo (14). O inglês Lewis Hamilton venceu a prova. Assim como a vitória do britânico, que largou em último na “sprint race”, no sábado (13), e saiu da 10ª posição no grid de largada no dia seguinte, os números relativos à economia também superaram as expectativas.
O impacto financeiro esperado era de R$ 810 milhões, com a geração de 8,5 mil empregos temporários e público superior a 150 mil espectadores. São R$ 150 milhões a mais, alta de 18,5%, e geração de 1.100 empregos extras, aumento de 12,9%.
Cancelada no ano passado devido à pandemia de covid-19, a única etapa sul-americana do campeonato mundial foi beneficiada pela coincidência com o feriado prolongado da Proclamação da República e a forte demanda por parte do público: 182 mil espectadores, segundo a organização, firmando a GP São Paulo de F1 como o principal evento esportivo com público pagante do país.
“Este é o melhor resultado da história de todas as corridas de F1 realizadas em São Paulo ou no Brasil. Quero cumprimentar todos os que tiveram envolvidos na organização, segurança e operação da F1 em São Paulo”, diz Doria. A prova é transmitida para quase 200 países, incluindo os principais emissores de turistas para o Brasil, chegando a 500 milhões de espectadores.
O estudo da FGV, com o acompanhamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo do Estado (CIET), considera os impactos econômicos diretos e indiretos, divididos em quatro dimensões: gastos do público (moradores, excursionistas, turistas e staff), organização (dos setores públicos e privados), patrocinadores (gastos com o evento e na ativação de marcas), e transmissão e mídia (logística, transmissão local, peças promocionais). A arrecadação de impostos resultantes do evento, segundo a FGV, será de R$ 143,8 milhões.
Segundo a prefeitura de São Paulo, a movimentação de turistas teve dois resultados positivos: pela primeira vez o total de residentes do interior paulista, de outros Estados e do exterior, totalizando 57,7%, foi superior ao de moradores da capital e Grande São Paulo, 42,3%. O fato acarretou o crescimento no gasto médio dos turistas na cidade, que chegou a R$ 4.545,57 para o período – 54,4% maior que em 2019.
Do interior paulista, os turistas saíram principalmente de Campinas, Sorocaba, Americana, São José dos Campos e Ribeirão Preto. De outros estados, de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. E do exterior, do Paraguai, Argentina, Chile, Peru e Uruguai.
O heptacampeão mundial Lewis Hamilton superou Max Verstappen e venceu o Grande Prêmio de São Paulo com a Mercedes, reduzindo a liderança no campeonato de Fórmula 1 em relação a seu rival da Red Bull para 14 pontos, faltando três corridas para o final.
Verstappen, da Red Bull, terminou em segundo com Valtteri Bottas, da Mercedes, em terceiro, depois de um fim de semana impressionante e controverso no Brasil que entrará para a história como um dos maiores desempenhos de Hamilton. A próxima etapa será neste domingo (21), no Catar.