Tribuna Ribeirão
Economia

Governo prorroga o auxílio emergencial

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta segunda-feira, 5 de julho, o decreto que prorroga por três meses o pagamento do auxílio emergencial à população de baixa renda afetada pela pan­demia da covid-19. Com isso, o benefício, que terminaria ago­ra em julho, será estendido até outubro. De acordo com a Se­cretaria-Geral da Presidência da República, o ato será publicado na edição desta terça-feira (6) do Diário Oficial da União (DOU).

Também foi editada uma me­dida provisória (MP) que abre crédito extraordinário para custe­ar o pagamento complementar do auxílio. No mês passado, o minis­tro da Economia, Paulo Guedes, informou que o custo mensal do programa, que paga um benefí­cio médio de R$ 250 por família, é de R$ 9 bilhões.

O auxílio emergencial foi cria­do em abril do ano passado pelo governo federal para atender pes­soas vulneráveis afetadas pela pan­demia da covid-19. Ele foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1,2 mil para mães chefes de família monoparental e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas de R$ 300 ou R$ 600 cada.

Neste ano, a nova rodada de pagamentos prevê parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo do perfil. As famílias, em geral, recebem R$ 250; a família mo­noparental, chefiada por uma mulher, recebe R$ 375; e pes­soas que moram sozinhas rece­bem R$ 150. O benefício con­templa cerca de 39,1 milhões de brasileiros e a última par­cela estava prevista para julho.

No começo de junho, o presidente da Câmara dos De­putados, Arthur Lira (PP-AL), rechaçou a prorrogação do au­xílio emergencial para além das parcelas já previstas e defendeu a aprovação pelo Parlamento do novo programa social, a subs­tituir o Bolsa Família. Mas, em meio à perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro e com a falta de um projeto claro para o novo programa social, o governo decidiu estender mais uma vez as parcelas do auxílio.

A prorrogação do benefício foi feita por meio de uma Medi­da Provisória e o governo pedirá ao Congresso a abertura de um crédito extraordinário para ban­car as novas parcelas do auxílio. O valor vai reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que ainda estão disponíveis dentro dos R$ 44 bi­lhões já destinados ao programa e que não foram usados porque o número de famílias na nova rodada ficou abaixo do inicial­mente projetado.

Regras
Pelas regras estabelecidas, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.300), desde que a renda por pessoa seja inferior a meio salário mí­nimo (R$ 550). É necessário que o beneficiário já tenha sido considerado elegível até o mês de dezembro de 2020, pois não há nova fase de inscrições. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do va­lor mais vantajoso, seja a parcela paga no programa social, seja a do auxílio emergencial.

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