Tribuna Ribeirão
Política

Governo negocia créditos da Caixa

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admi­tiu nesta tarde de terça-feira, 26, que o Palácio do Planalto está pressionando os governadores e prefeitos a trabalhar a favor da aprovação da reforma da Pre­vidência em troca da liberação de recursos do governo federal e financiamentos de bancos pú­blicos, como a Caixa.

“Realmente o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, fi­nanciamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência”, disse o ministro.

Marun negou que esteja promovendo “chantagem” com governadores e prefeitos e des­tacou que os financiamentos da Caixa “são ações de governo”. O peemedebista disse que o go­verno está pedindo apenas uma “ajuda” em troca dos votos pela reforma. “Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo. Senão, o go­vernador poderia tomar esse fi­nanciamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa Econômica, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido enten­demos que deve, sim, ser dis­cutida com esses governantes alguma reciprocidade no senti­do de que seja aprovada a refor­ma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje de vida ou morte para o Brasil”, justificou.

O ministro disse que os par­lamentares ligados aos gover­nadores também terão aspec­tos eleitorais positivos com os financiamentos aos governos locais. “Olha, não entendo que seja uma chantagem o gover­no atuar no sentido de que um aspecto tão importante para o Brasil se torne realidade, que é a modernização da Previdên­cia”, afirmou. “Não é retaliação aos governadores, é pedido de apoio”, completou.

Como revelou a Coluna do Estadão na semana passada, o novo ministro da articulação do governo Temer levantou todos os pedidos de emprésti­mos na Caixa por Estados, ca­pitais e outras grandes cidades e condicionou a assinatura dos contratos à entrega de votos pelos governadores e prefeitos que exercem influência sobre os deputados. O primeiro a ser pressionado foi o governa­dor de Sergipe, Jackson Barre­to (PMDB). “Veja bem, é uma ação de governo, sendo uma ação de governo, obviamente o nível de apoio que o governa­dor pode prestar a favor da re­forma vai ser considerado nesta questão”, insistiu.

Em reunião nesta tarde com o presidente Michel Te­mer, Marun disse que manifes­tou seu otimismo em relação à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Marun afirmou que a confian­ça da aprovação do texto vem de conversas com parlamenta­res nos últimos dias e disse ver cada dia menos pessoas dizen­do que não votarão a PEC “de jeito nenhum”.

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