O Centro de Contingência Estadual da Covid-19 decidiu nesta terça-feira (8) manter a região de Ribeirão Preto (DRS-XIII) na Fase Laranja do Plano São Paulo de retomada das atividades produtivas. O pedido de reconsideração foi feito pela prefeitura por não concordar com a metodologia adota pelo governo do Estado para calcular o número de mortes causadas pelo coronavírus.
Segundo o governo do Estado, a região de Ribeirão Preto vai precisar ficar, no mínimo, 14 dias na fase laranja do Plano São Paulo. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional divulgou nota informando que a região de Ribeirão Preto vai precisar ficar, no mínimo, 14 dias na fase ‘Laranja’, do Plano São Paulo.
Com a regressão, o funcionamento de bares, restaurantes, academias e salões de beleza voltariam a ser proibidos de funcionar. Já o comércio de rua e os shoppings poderiam funcionar, mas desta vez por quatro horas diárias e com 20% da capacidade do alvará. Diz a nota :
“A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) dialoga com os prefeitos para bom entendimento das ações de combate ao coronavírus. O pleito foi recebido pela SDR e encaminhado ao Centro de Contingência para análise.
O Centro de Contingência utiliza critérios públicos, transparentes e técnicos. As prefeituras devem respeitar a determinação estadual. O Plano São Paulo estabelece regra comum para os 645 municípios, que determina 14 dias de queda nos índices medidos para avanço de fase. A próxima reclassificação do Plano São Paulo está prevista para o dia 18 de setembro. Qualquer decisão extraordinária será anunciada em coletiva da Saúde”.
O principal argumento do governo municipal feito na sexta-feira é o de que o cálculo feito pelo Estado considera a data do óbito, e não o início de sintomas da doença pelo paciente. E que este método prejudicaria a cidade e a região mantendo-a na fase Laranja, apesar dos avanços feitos pela região no combate ao coronavírus.
A prefeitura considera, para efeitos de análise, os óbitos ocorridos a partir do início dos sintomas da doença. Pelos dados apresentados pelo secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, Ribeirão Preto teve os seguintes óbitos: 2 em março, 11 em abril, 66 em maio, 205 em junho, 210 em julho e 82 em agosto. O cálculo das mortes em agosto poderá sofrer alteração. Isso porque, pessoas que apresentaram sintomas naquele mês ainda poderão ir a óbito. Na sexta-feira, a prefeitura anunciou que caso o pedido fosse negado pelo estado, iria recorrer à Justiça.