Tribuna Ribeirão
Economia

Governo libera saque de R$ 1.045 do FGTS

JF PIMENTA/ARQUIVO

O governo extinguiu o fundo PIS-Pasep e autorizou o saque temporário de até R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A Medida Provisória n° 946 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em edição extra­ordinária na noite de terça-feira, 7 de abril. Ao extinguir o Fundo dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), o governo transferiu o seu patrimônio para o FGTS. A extinção será a partir do dia 31 de maio de 2020.

No último dia 3, o governo antecipou em um mês o prazo final de saque do abono salarial 2019/2020. Inicialmente, esse prazo era 30 de junho e passou a ser 29 de maio deste ano. A MP diz que “fica preservado o patri­mônio acumulado nas contas individuais dos participantes do Fundo PIS-Pasep”. E diz que será permitido o saque das contas vinculadas individuais de ori­gem PIS ou Pasep mantidas em nome do trabalhador.

O agente operador do FGTS, a Caixa Econômica Fe­deral, “cadastrará as contas vin­culadas de titularidade dos par­ticipantes do Fundo PIS-Pasep necessárias ao recebimento e à individualização dos valo­res transferidos, devidamente marcadas com identificador de origem PIS ou Pasep, e definirá os padrões e os demais proce­dimentos operacionais para a transferência das informações cadastrais e financeiras”.

As contas vinculadas indi­viduais dos participantes do Fundo PIS-Pasep, mantidas pelo FGTS após a transferên­cia, passam a ser remuneradas pelos mesmos critérios apli­cáveis às contas vinculadas do Fundo de Garantia e poderão ser livremente movimentadas, a qualquer tempo. O presiden­te do Conselho FGTS, Julio Ce­sar Costa, esclarece que, apesar da transferência de R$ 21,5 bilhões dos recursos do PIS/ Pasep para o FGTS, isso não impedirá os saques por parte de seus cotistas originais.

“Desde a Constituição de 1988 não há mais depósitos no PIS/Pasep. A maioria dos seus cotistas são idosos e dar publici­dade a esse fundo é importante. Os recursos seguem disponíveis para serem sacados”, garantiu. A MP também estabelece que os recursos remanescentes nas contas não sacados serão tidos por abandonados a partir de 1º de junho de 2025 e passarão a ser propriedade da União.

A MP diz ainda que fica disponível, aos titulares de conta vinculada do FGTS, a partir de 15 de junho de 2020 e até 31 de dezembro de 2020 o saque de recursos até o limite de R$ 1.045 (um salário míni­mo) por trabalhador. Segundo a MP, esse saque foi autorizado em razão do enfrentamento do estado de calamidade pública e da emergência de saúde de importância internacional de­corrente da pandemia de coro­navírus (covid-19).

Caso o titular tenha mais de uma conta vinculada, o saque será feito na seguinte ordem: contas vinculadas relativas a contratos de trabalho extin­tos, com início pela conta que tiver o menor saldo; e demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor saldo. Os saques serão efetua­dos conforme cronograma de atendimento, critérios e forma estabelecidos pela Caixa Eco­nômica Federal.

Será permitido o crédito au­tomático para conta de depósi­tos de poupança de titularidade do trabalhador previamente aberta na instituição financeira, desde que o trabalhador não se manifeste negativamente, ou o crédito em conta bancária de qualquer instituição financeira, indicada pelo trabalhador, des­de que seja de sua titularidade. A MP diz ainda que o traba­lhador poderá, na hipótese do crédito automático, até 30 de agosto de 2020, solicitar o des­fazimento do crédito.

O novo saque do FGTS beneficiará até 60,2 milhões de trabalhadores, que devem retirar até R$ 36,2 bilhões nos próximos meses, dinheiro que ajudará a economia em meio à pandemia de coronavírus – 30,7 milhões poderão sacar todo o saldo. Isso elevará para 66 mi­lhões o número de pessoas que irão zerar as contas do fundo desde setembro do ano passado, quando o governo instituiu o sa­que-imediato do FGTS. O novo saque beneficiará os trabalha­dores de menor renda. Segundo o Ministério da Economia, R$ 16 bilhões serão liberados para 45,5 milhões de empregados com até cinco salários mínimos de saldo no FGTS.

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