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Governo inclui entidades no PME

A prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal de Educação, in­cluiu a Câmara de Vereadores, a Associação dos Profissionais da Educação de Ribeirão Preto (Aproferp) e o Centro do Pro­fessorado Municipal (CPM) na Comissão Coordenadora do Plano Municipal de Edu­cação (PME). O decreto foi publicado nesta sexta-feira, 3 de março, no Diário Oficial do Município (DOM).

A inclusão atende à decisão do juiz Gustavo Müller Loren­zato, da 1ª Vara da Fazenda Pú­blica. A liminar foi concedida em 15 de fevereiro, em ação civil pública movida pelo Grupo de Atuação Especial da Educação (Geduc), coordenado pelo pro­motor Naul Felca, impetrada pelo representante do Ministério Público de São Paulo (MPSP) na semana passada.

Desde 2015
De acordo com a decisão ju­dicial, a inclusão das entidades é uma forma de restabelecer algo que já existia anteriormente – já participavam da comissão des­de 2015, ano de sua implanta­ção. Entretanto, foram retiradas em 2021 por meio de decreto do Executivo.

“A Câmara de Vereadores – Comissão Permanente de Edu­cação –, a Associação dos Profis­sionais da Educação de Ribeirão Preto (Aproferp) e o Centro do Professorado Municipal (CPM), fazem parte da comunidade educacional do município de Ribeirão Preto, e, ainda, partici­param ativamente do projeto de 2015”, cita o magistrado.

“De forma que, aparente­mente, não se mostra razoável e/ou proporcional a sua exclu­são da Comissão Organizado­ra do PME, de modo que refe­rida exclusão não aparenta ser condizente com a melhor pre­servação do interesse público envolvido”, escreveu o juiz.

Formação atual
Até esta sexta-feira, faziam parte da comissão a Diretoria Regional de Ensino, o Conse­lho Municipal de Educação e representantes de instituição de ensino superior público com sede, campus ou polo universitário no município de Ribeirão Preto, que mantenha cursos na área da Educação.

Também tem representan­tes do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/ RPGP), do Sindicato dos Profes­sores do Ensino Oficial do Esta­do de São Paulo (Apeoesp), do Sindicato dos Professores e Au­xiliares de Administração Esco­lar de Ribeirão Preto (Sinpaae) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ofício
Um dos documentos que subsidiaram a decisão do juiz foi um ofício da prefeitura ane­xado em outra ação movida pelo Geduc, em 2022, sobre o assunto. Na ação, o grupo do MP cobrava publicidade sobre a recomendação administrativa feita por ele que questionou a não inclusão das três entidades na comissão. A prefeitura teria afirmado que incluiria as enti­dades, mas, segundo Naul Felca, isso não ocorreu.

Outra liminar
Na época, a juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, determinou que a prefeitura publicasse, em no máximo 24 horas, no Diário Oficial do Município (DOM), o inteiro teor da re­comendação administrativa. A Justiça também determinou que a resposta enviada ao Ge­duc pela Secretaria Municipal de Educação fosse publicada. A prefeitura cumpriu a decisão e, na época, publicou os docu­mentos no Diário Oficial.

O juiz Gustavo Lorenzato impôs multa diária de R$ 10 mil por cada entidade não incluída em casos de desobediência, o que não ocorreu. Nesta semana, a Comissão Coordenadora do PME realizou o levantamento das contribuições recebidas nas seis audiências públicas realiza­das em fevereiro e das contribui­ções enviadas de forma online pela população até o dia 28.

Foram recebidas 70 pro­postas sobre assuntos relativos às áreas de gestão democrática, educação infantil, ensino funda­mental, educação especial, en­sino médio, educação integral, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e valorização dos profis­sionais da educação. Em dezem­bro do ano passado, a prefeitura de Ribeirão Preto retomou a dis­cussão do plano.

A implementação do PME estava suspensa desde maio por decisão liminar em ação movida pelo Geduc. O objetivo da reto­mada, segundo a pasta da Edu­cação, é atender às demandas educacionais da população no âmbito do município, por meio da definição de um projeto polí­tico institucional local que sirva de referência para a formulação e implementação de políticas públicas, de modo articulado e integrado à legislação das esferas estadual e nacional.

Desde 2007
O presidente da comissão é Lauricio Cioccari, represen­tante da 12ª Subseção da Or­dem dos Advogados do Brasil de São Paulo, a OAB de Ribei­rão Preto. O Plano Municipal de Educação da cidade come­çou a ser discutido em 2007, na gestão do então prefeito Welson Gasparini (PSDB). En­tretanto, nos dois mandatos da ex-prefeita Dárcy Vera (até en­tão no PSD, entre 2009 e 2016) e na administração Duarte Nogueira (desde 2017), ainda não saiu do papel.

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