O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e o secretário de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro, assinaram, na manhã de quinta-feira, 16 de julho, a ordem de serviço que autoriza o início da reforma das praças XV de Novembro, Carlos Gomes e Barão do Rio Branco, localizadas no Centro Histórico de Ribeirão Preto.
A praça XV de Novembro receberá recuperação do pavimento com a troca do ladrilho onde estiver danificado. Além disso, a rede de irrigação da área verde será recuperada e as lâmpadas atuais serão trocadas por lâmpadas de LED. Serão 108 postes com lâmpadas de led e 48 refletores.
A obra contempla, ainda, a recuperação total da fonte da Praça XV, incluindo a bomba, iluminação e sistema de som. A fonte luminosa foi construída na década de 30. A Praça XV tem 104 postes de iluminação em ferro fundido, 168 bancos de madeira, com pés em ferro fundido, como os modelos existentes nas décadas de 1930 e 1940.
“Será revitalizada a área das três principais praças de Ribeirão Preto para que a nossa cidade possa, com isso, se valorizar ainda mais. Todas contarão com iluminação de led, que é mais econômica do que as lâmpadas convencionais e com maior durabilidade”, diz o prefeito Duarte Nogueira.
“Os bancos serão reformados, a Praça XV terá sua fonte luminosa devolvida com bombas, som e iluminação. É a recuperação do centro histórico, de áreas tombadas, do patrimônio artístico, cultural, paisagístico e arquitetônico da nossa cidade”, emenda.
A praça Barão do Rio Branco receberá, ainda, a troca de 20 postes com lâmpadas de led e sete refletores, enquanto a Carlos Gomes terá reforma do piso em ladrilho hidráulico, plantio de 198 m² de grama, troca de 74 postes com lâmpadas de led e oito refletores. Além disso, as praças XV de Novembro e Carlos Gomes também passarão por reformas no sistema de irrigação, com trocas de tubulações, bombas, aspersores, com implantação de sistema de automatização do funcionamento da irrigação.
Após o término das obras, os locais passarão por limpeza com máquinas de jato de alta pressão. No calçadão, será feita a limpeza em toda a área entre a rua General Osório e ruas Barão do Amazonas e José Bonifácio; Barão do Amazonas entre Duque de Caxias e General Osório; Tibiriçá e Álvares Cabral entre São Sebastião e General Osório.
A história das praças
PRAÇA XV DE NOVEMBRO – Marco de referência histórica e geográfica, localiza-se na região central da cidade, a praça XV de Novembro foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 13 de março de 1985, junto com o Quarteirão Paulista.
Desde sua inauguração, em 1890, sofreu várias modificações. A maior mudança aconteceu no dia 20 de janeiro de 1939, quando foi inaugurada a fonte luminosa com luzes azuis, vermelhas e amarelas. O traçado dos canteiros foi completamente alterado e o coreto substituído pelo Monumento do Soldado Constitucionalista da Revolução de 1932.
PRAÇA CARLOS GOMES – Em 26 de dezembro de 1895, o coronel Francisco Schmidt, um dos barões do café, encaminhou para administração um pedido de permissão para a construção de um teatro em Ribeirão Preto, que seria instalado nas imediações da praça XV de Novembro, coração da cidade.
Os doadores de recursos para a construção do teatro, foram, principalmente, os barões do café, como o próprio Francisco Schmidt, conhecido como “Rei do Café”, Joaquim da Silva Gusmão, Francisco Augusto Sacramento, Virgílio da Fonseca Nogueira e Luiz Pereira Barreto.
A autoria do projeto do Teatro Carlos Gomes é assinada pelo renomado arquiteto Ramos de Azevedo, e o construtor responsável foi Désio E. Fagnani. O teatro foi inaugurado em 7 de dezembro de 1897, com a ópera “Il Guarany”, do maestro Carlos Gomes, que emprestou o nome para que o teatro fosse batizado.
A escolha se deu, porque além de Carlos Gomes ser paulista (ele era natural de Campinas), sua irmã, Joaquina Gomes, que ficou mais conhecida como Nhá Quina, era moradora e professora de música em Ribeirão Preto. Na década de 1940, após a inauguração do Theatro Pedro II, em 1930, o Teatro Carlos Gomes já não tinha a mesma força de antes.
A prefeitura optou então pela demolição, que começou em 1944 e terminou em 1046. Para preservar parte do patrimônio, a praça foi batizada com o nome do teatro. No local já funcionou um terminal de ônibus que fazia a ligação do sistema de trólebus. Foi desativado na década de 1990.
PRAÇA BARÃO DO RIO BRANCO – A história da praça em frente à sede da prefeitura antecede a da construção do Palácio Rio Branco, que teve início em 3 de agosto de 1915 e ficou pronta em abril de 1917. O prédio foi inaugurado em 26 de maio do mesmo ano. Em abril de 2018, o governo municipal terminou as obras de restauração da herma do Barão do Rio Branco, bancada pela iniciativa privada.
Antes do restauro, a herma de bronze polido encontrava-se sem a pátina. Devido à ação do tempo e atos de vandalismo, seu estado de conservação estava prejudicado. A obra de restauração retirou a oxidação da peça e refez 80% da guirlanda apresentada na base do monumento. Finalizado o trabalho de restauro, a herma voltou a ser um bronze polido, exatamente como era em 1913.
A herma é uma homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior (1845- 1912), conhecido como Barão do Rio Branco, o mais antigo monumento instalado em uma praça de Ribeirão Preto. O busto sem braços fica na praça homônima, em frente ao Palácio Rio Branco, sede da prefeitura de Ribeirão Preto, e foi restaurada por um parceiro da iniciativa privada. Inaugurada com grande festa em 28 de setembro de 1913, é de autoria de José Fernandes Caldas, e foi fabricada pela oficina do Lyceu de Artes Officios, de São Paulo.