A retomada da coleta seletiva na cidade também faz parte da nova licitação aberta pela prefeitura de Ribeirão Preto. O serviço, que era realizado em 144 bairros e está suspenso desde fevereiro, após o fim do contrato com a empresa Carvalho Multisserviços Eireli, será ampliado. O anterior tinha valor de R$ 1.100.000 por doze meses.
Segundo o edital publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de quarta-feira, 12 de abril, esteve valor vai subir para R$ 3.919.896, no máximo. São R$ 2.819.896 a mais, alta de 256,4%. Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, novos bairros serão beneficiados pela ampliação da coleta seletiva. Por enquanto, os munícipes devem levar seus detritos recicláveis para um dos seis ecopontos da cidade.
Realizado pela empresa Carvalho Multisserviços Eireli, o serviço foi contratado por meio de pregão eletrônico, em 28 de dezembro de 2021, tinha duração de doze meses e poderia ser renovado caso a prefeitura desejasse. Entretanto, segundo apuração do Tribuna, o contrato não foi estendido porque o governo municipal decidiu ampliar os bairros atendidos.
Por isso a necessidade de um novo processo licitatório. Com a suspensão temporária da coleta seletiva, os 50 cooperados da cooperativa de reciclagem Mãos Dadas foram prejudicados. Eles não estão mais recebendo o material coletado pela prefeitura. A renda dos cooperados, que em janeiro foi de R$ 2 mil, deverá cair para cerca de R$ 300 neste mês.
Criada em 2009, a cooperativa é a única do gênero na cidade. Além de receber os resíduos da coleta seletiva feita pela prefeitura, ela também faz o recolhimento em condomínios, empresas e pontos de coleta criados em parceria com alguns bairros.
Para isso, utiliza dois caminhões adquiridos através de doação. Entretanto, a quantidade deste material é muito pequena em comparação com o repassado pela prefeitura. Em janeiro o total de material reciclado pela cooperativa totalizou 120 toneladas. Este total inclui os recicláveis recebidos da prefeitura naquele mês.