Tribuna Ribeirão
Política

Governistas falam em placar superior ao da 1ª

Na semana da votação da se­gunda denúncia contra o presi­dente Michel Temer no plenário da Câmara, líderes governistas demonstram otimismo e falam em um resultado mais expressi­vo desta vez. Nas contas da “tro­pa de choque” de Temer, é pos­sível alcançar de 270 a 280 votos a favor do parecer que pede o arquivamento da denúncia por obstrução de justiça e organiza­ção criminosa.

Faltando dois dias para a votação, os governistas concen­tram agora os esforços de con­vencimento em 30 parlamen­tares “mais problemáticos”, que seriam de diversos partidos da base aliada. O grupo é formado por aliados que cobram cargos e a liberação de emendas. Como algumas demandas são ainda da votação da Reforma Trabalhista, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que é um dos de­nunciados, entrou diretamente na articulação para resolver as emendas pendentes. “Não são (deputados) contra o governo, só querem uma determinada obra”, disse o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que desde sábado está ligando para aliados para sentir o “termô­metro” da base.

Na contabilidade de Mansur e do vice-líder do PMDB, Carlos Marun (MS), é possível superar os 263 votos favoráveis ao gover­no na primeira denúncia porque o cenário é de desconfiança em relação ao conteúdo do segundo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e porque a economia vem dando sinais posi­tivos. “O cara que já votou (com Temer) vai votar de novo, já teve o desgaste na primeira denúncia”, afirmou Mansur.

Oficialmente, o governo não conta com os votos do presi­dente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que presidirá a sessão, e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Ro­drigo Pacheco (PMDB-MG), que na última sessão também se abs­teve. “Acho que o resultado será melhor que a votação passada”, prevê Mansur.

A oposição rebate o clima de otimismo dos governistas e calcu­la que o governo teria no máximo entre 225 e 230 votos. “O governo está desesperado por voto”, con­tou o deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA).

Abstenções – Nos bastidores, parlamentares contam que os aliados estão até dispostos a mar­car presença no dia da votação para garantir a abertura da ses­são, mas alguns estão propensos a se abster, contrariando a orien­tação de votar a favor do parecer do tucano Bonifácio de Andrada (MG). Embora a abstenção tam­bém ajude o placar do governo (por impedir que a oposição al­cance os 342 votos favoráveis ao prosseguimento da denúncia), a meta dos governistas é superar a votação da primeira denúncia.

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