O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nomeou 878 candidatos aprovados no concurso de soldado de 2ª Classe, na edição de sábado, 21 de janeiro, do Diário Oficial do Estado. Os novos policiais farão o Curso Superior Técnico de Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública, na Escola Superior de Soldados Coronel PM Eduardo Assumpção.
Com duração de um ano, os futuros soldados farão 2,6 mil horas de aulas que abordarão disciplinas como Direitos Humanos, Criminalística, Tiro Defensivo pela Preservação da Vida, Defesa Pessoal, Inteligência Policial, Psicologia, Medicina Legal, Doutrina de Polícia Comunitária, entre outras.
Segundo o edital do concurso, o salário inicial oferecido era de R$ 3.875,27, composto por R$ 1.544,80 de vencimento, mais R$ 1.544,80 referente ao Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) e o adicional de insalubridade no valor de R$ 785,67. O certame oferecia 2.700 vagas.
Para participar o candidato tinha de ser brasileiro e ter entre 17 e 30 anos. Também deveria ter estatura mínima, descalço e descoberto, de 1,55m (para mulheres) e 1,60m (para homens). O concurso exigia ensino médio ou equivalente completo e habilitação para condução de veículo motorizado entre as categorias “B” e “E”.
Não houve reserva de vagas para pessoas com deficiência, tendo em vista as peculiaridades do exercício das funções policiais militares inerentes ao cargo. Mas teve cotas com pontuação diferenciada para autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
A nomeação faz parte do conjunto de ações emergenciais para solucionar o déficit na Polícia Militar do Estado de São Paulo, que atualmente é de 14%. Ações para recomposição do efetivo também estão previstas para a Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica.
“Nós temos total ciência da necessidade de nomeações para as polícias e o governador Tarcísio está ao nosso lado para solucionar o problema. Só com o fortalecimento das forças de segurança vamos conseguir avançar no combate ao crime”, explica o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Proposta da deputada Leticia Aguiar (PP), aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), propõe alteração na idade limite para ingresso no concurso da Polícia Militar (PM) paulista. O projeto de lei complementar pretende alterar o teto de 30 para 35 anos para soldados e oficiais.
O projeto foi aprovado na sessão plenária de 21 de dezembro. Agora depende da sanção do governador Tarcísio de Freitas. Atualmente, para ingressar no concurso da PM para o cargo de soldado é necessário ter entre 17 e 30 anos. O limite de 35 anos seria adotado também para ingresso no curso de oficiais da Academia do Barro Branco.
Hoje também é de 30 anos. O projeto também prevê o aumento da idade para as carreiras de oficiais músicos e para o quadro da saúde, que podem passar a ser de 40 anos. Para Leticia Aguiar, o parecer favorável do relator Tenente Nascimento (Republicanos) deu maior credibilidade e força ao projeto.