A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta quarta-feira, 29 de janeiro, que enviará uma carta ao Google para esclarecer a nomenclatura do Golfo do México. Segundo ela, o objetivo é corrigir possíveis inconsistências sobre o uso do nome da região em plataformas digitais.
O Google anunciou na terça-feira (28) a mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América no Google Maps para usuários nos Estados Unidos. “Então, se lembrem, o decreto do presidente Trump tem a ver com sua plataforma continental, que é distinta do que é todo o Golfo”, disse a presidente mexicana.
“Então, estamos enviando uma carta ao Google, primeiro para dizer: ‘Bom, suponho que o Google Maps saberá dessa divisão internacional, porque não é uma definição unilateral’. Saberá também que organismo é responsável por nomear mares internacionais”, disse Sheinbaum em coletiva de imprensa.
Ela enfatizou que não cabe a um país sozinho modificar a nomenclatura de regiões marítimas. “Para mudar o nome de um mar internacional, não é um país que o faz, mas uma organização internacional. Então, estamos enviando esta carta ao Google hoje e, amanhã (quinta-feira, dia 30), se quiserem, explicamos como isso se define”, completou.
A carta, segundo ela, também incluirá um pedido para que o termo “América Mexicana” seja devidamente reconhecido nas plataformas do Google. “Vamos pedir que ‘América Mexicana’ apareça no mapa”, afirmou a presidente. A mudança ainda depende de atualização no Sistema de Informações sobre Nomes Geográficos (GNIS, na sigla em inglês) para entrar oficialmente em vigor.
“Quando isso acontece, atualizamos o Google Maps nos EUA rapidamente”, explicou o Google. O site do GNIS, citado pelo Google como referência em nomes geográficos nos Estados Unidos, no entanto, ainda reconhece a região como Golfo do México. A empresa também esclareceu que, quando nomes oficiais diferem entre países, os usuários do Maps veem o nome oficial usado localmente. “No restante do mundo, ambos os nomes são exibidos”, acrescentou.