Tribuna Ribeirão
Economia

Golpes com cheque e cartão atingem 11%

As micro e pequenas em­presas (MPEs) formam a maio­ria dos negócios no Brasil e, em muitos casos, por não conta­rem com estrutura adequada e recursos suficientes, acabam sendo alvos estratégicos das tentativas de fraudes. Em tem­pos de instabilidade econômica e vendas em baixa, a prevenção a esse tipo de prática deve ser ainda mais cuidadosa para evi­tar perdas financeiras.

Levantamento realizado em todas as capitais pela Confede­ração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o recebimen­to de cheques falsificados ou roubados (33%) e as transações feitas com cartões de créditos clonados (25%) foram os tipos de golpes mais comuns contra micro e pequenos empresários ao longo de 2018.

No total, 11% das MPEs do país tiveram algum prejuízo financeiro no último ano em virtude de golpes praticados por estelionatários. Compras com utilização de Registro Ge­ral (RG, a cédula de identidade), Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Carteira Nacional de Habili­tação (CNH) de terceiros (10%), uso de documentos falsificados (10%) e compras realizadas me­diante cartão de débito clonado (8%) completam o ranking dos principais golpes.

Outras tentativas de frau­des sofridas, mas que não im­plicaram, necessariamente, em perdas financeiras, foram rece­bimento de boletos falsos para pagamento (37%), links mali­ciosos por e-mail para seques­tro de dados pessoais (33%), roubo de informações pessoais ao preencherem cadastros em sites (6%) e invasão do site da empresa (5%). Na avaliação
do CPF de quem está buscan­do crédito em sua loja. “Prestar atenção na consistência das in­formações fornecidas é funda­mental, pois divergências muito grosseiras podem ser sinal de fraudes”, afirma Martins. “Se após toda essa checagem o co­merciante não se sentir seguro com as informações fornecidas, o recomendável é que ele acei­te apenas o pagamento à vista, uma vez que há riscos na toma­da do crédito”, orienta Martins.

O empresário pode contar com o auxílio de ferramentas existentes no mercado, como a tradicional consulta ao CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do cliente para averiguar apontamentos de ina­dimplência ou consultas mais aprofundas para analisar o histó­rico do documento, confirman­do informações cadastrais bási­cas, como endereço e telefone, por exemplo, que quando con­frontadas com as informações fornecidas pelo cliente podem evidenciar indícios de fraude.

O levantamento foi reali­zado na primeira quinzena de janeiro e ouviu 800 micro e pequenos empresários das 27 unidades da federação, incluin­do capitais e interior. As micro e pequenas empresas represen­tam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos seg­mentos de comércio e serviços, respectivamente.

Dicas
Nas compras a prazo sempre solicitar documentos originais do consumidor (RG, CPF ou Carteira Nacional de Habilita­ção). Analisar com atenção as fotos do documento apresenta­do pelo cliente, principalmente se há diferença entre a data de emissão do documento e a idade do consumidor na foto.

Verificar se a assinatura da documentação é similar com a assinatura do contrato ou do cheque utilizado como forma de pagamento. Sempre pedir endereço e telefone de contato e realizar a checagem na hora, antes de concluir a venda. Reali­zar algum tipo de consulta para verificar se há restrição no CPF ou CNPJ do cliente. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) disponibiliza uma série de soluções para confirmar en­dereço e telefones informados anteriormente pelo cliente.

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