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Gika Bacci, a voz de Ribeirão, no “The Voice”

Fabiano Ribeiro

Quem já viu algum show da banda Janis Joplin Tributo ou da Bem Johnson sabe do potencial da vocalista Gika Bacci. Quem ainda não a tinha visto ou ouvido, mas assistiu ao programa “The Voice”, da Rede Globo, no dia 26 de julho, pode apreciar a voz forte da cantora. Ela soltou a voz com “Proud Mary”, do Creedence Clearwa­ter Revival, e conseguiu que os quatro técnicos – Lulu Santos, Michel Teló, Ivete Sangalo e Carlinhos Brow – apertassem o botão e começassem a disputa para tê-la no time.

“Me ensine a cantar assim, querida”, disse Ivete Sangalo ao final, ao abraçar a moça, após se surpreender por ter sido a escolhida pela cantora e não o roqueiro Lulu Santos. Em bate-papo com a reportagem do Tribuna Ribeirão, Giovanna Bacci, de 29 anos, falou um pouco da sua carreira, da repercussão do programa e dos planos futuros.

Gika Bacci começou na música aos 10 anos de idade e a trabalhar profissionalmen­te com 19 anos. “Montamos uma banda de blues entre amigos e vencemos por duas vezes o Festival Sabin Rock, daí fomos convidados a tocar num grande evento, o Sesc’n Blues. Um cara me descobriu e fui tocar com gente grande e experiente”, conta.

A cantora foi evoluindo e há seis anos montou a banda Janis Joplin Tributo, que além dos sucessos da diva do rock também apresenta músicas de outras cantoras, como Ade­le, Alanis Morissette e Amy Winehouse. Gika montou ainda a banda Bem Johnson, com apresentações de muito rock, que vão dos anos 1960 aos 2000. “Minhas referências são Rock and Roll. Meu pai gosta de Elvis Presley e minha mãe de Guns N’ Roses, e eu curto grunge, como o Nirvana. Na banda de blues, comecei a ouvir e descobri Janis, Amy, e desco­bri Elis. Mas minhas referên­cias são Areta Franklin e Elis Regina”, revela.

Participar do “The Voice” era desejo antigo. Ela enviou víde­os em 2013 e 2014, participou do processo seletivo, mas reconhece que, pela pouca experi­ência, não foi selecionada. “Não tinha tantos palcos, não estava lapidada; era nervosa”, explica. “Ano passado tinha um vídeo engatilhado, me chamaram para a seletiva. Fui para São Paulo e Rio de Janeiro e entrei no programa. Foram alguns meses, desde outubro com a se­letiva, me chamaram em abril, e as audições às cegas foram ago­ra em julho”.

Gika Bacci arrebentou no The Voice e agora vai se dedicar 100% em seu trabalho musical

Gika Bacci conta que a sen­sação antes da apresentação foi diferente do que era acostuma­da a enfrentar nos palcos. “É muito louca essa sensação. A tensão é grande, entrar pra ser julgada, a gente fica nervosa, mas não perdi o controle, fiquei tensa sim, mas com controle”. “E respirei muito, são 1min30, mas que parecem duas horas. Co­mecei a cantar. Muitos me fa­lam que o Lulu Santos virou rápido, mas na minha cabeça, na hora, parecia que havia de­morado”, diz.

“Comecei a cantar, vi o Lulu curtindo atrás da cadeira, comecei a aquecer a subir (os tons) e de repente o Lulu virou bem na dobrada da música. Relaxei e pensei, vou buscar os outros três. Dei minha cartada no final, subi muito para fina­lizar e vi virar todo o mundo graças a Deus”, lembra.

Sobre a escolha no programa, que mui­tos apostavam em Lulu Santos, por ser roqueiro, Gika salien­ta que a voz dela remete à da Ivete. “A Ivete é uma diva da música brasileira, nada mais sensato de eu fazer jus a isso. Ela tem uma voz grave e potente eu me identifiquei. Eu queria a única mulher como trei­nadora. Tenho que ter versati­lidade também”, explica.

Gika Bacci traça metas. “Minha expectativa e ficar o mais tempo possível. Foi uma porta aberta participar e ser escolhida, um degrau de ouro na minha subida. As pessoas poderem ver o que eu tenho a oferecer. Tem muita gente boa no programa e que canta mui­to, mas quero superar minhas expectativas, mirando a final”.

Cantora pode ser ouvida no Spotify com o trabalho autoral Limerence

A repercussão está sendo muito positiva e Gika quer ala­vancar a carreira com suas ban­das. “Sai do trabalho na agência como diretora de arte. Quero rodar o Brasil com a Janis e a Bem Johnson. Como banda autoral, queremos entrar no circuito, em festivais, lançar CD, viajar o Brasil e se Deus quiser, o mundo. Espero que as pessoas me acompanhem pra eu me mostrar como artista. Espero que curtam”, finaliza.

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