O Ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo a pasta, o resultado de janeiro em Ribeirão Preto foi melhor do que o dezembro, mas caiu em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de doze meses, a cidade detém o saldo mais expressivo do interior paulista.
Ribeirão Preto começou 2019 com saldo de 424 novos empregos formais, fruto de 8.517 admissões e 8.093 demissões. O resultado é 174,9% superior ao déficit de 566 postos de trabalho extintos de dezembro, com mais 990 carteiras assinadas, mas é 67,3% inferior ao superávit de 1.299 registrado em janeiro do ano passado, com a extinção de 875 vagas.
No ranking estadual de janeiro, Ribeirão Preto ocupa a 11ª posição. A liderança é da capital São Paulo, com saldo de 3.434 empregos formais – resultado de 135.899 contratações e 132.465 dispensas. A segunda e a terceira colocadas são da região. Franca fechou o primeiro mês do ano com superávit de 1.640 vagas (4.515 admissões e 2.875 demissões) e Sertãozinho com 1.373 novos postos (2.687 carteiras assinada e 1.314 rescisões).
No acumulado dos últimos doze meses, porém, Ribeirão Preto segue firme na liderança do ranking da geração de empregos formais no interior do Estado e só perde para a megalópole São Paulo. Neste período, a economia ribeirão-pretana contratou 96.180 pessoas e demitiu 90.261, superávit de 5.919 carteiras assinadas. A capital paulista registra 55.297 novos postos, fruto de 1.629.636 admissões e 1.574.339 demissões.
O resultado para o período de doze meses é o melhor em cinco anos, desde 2014, quando Ribeirão Preto registrou saldo de 8.197 carteiras assinadas, fruto de 129.565 contratações e 121.368 dispensas. Segundo o Caged, o superávit da cidade em 2018 foi de 6.958 vagas formais de trabalho (96.236 admissões e 89.278 demissões), mais de sete vezes acima ao total de 2017, de 915 empregos com carteira assinada (86.647 contratações e 85.732 dispensas), alta de 660% e aporte de 6.043 empregos. É o melhor resultado do interior e o segundo do estado, atrás apenas do da capital (58.357).
Também é o melhor saldo dos últimos cinco anos na cidade, atrás do registrado em 2013, de 8.527 novas vagas (128.129 novos contratos e 119.602 rescisões), 18,4% acima do número atual, com 1.569 carteiras assinadas a mais. Apesar da boa notícia, em 2018 a soma dos resultados de janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (-662), julho (635), agosto (1.813), setembro (534), outubro (757), novembro (1.342) e dezembro (-566) indica 6.704 empregos com carteira assinada. A diferença é de 258 postos.
Em 2015 e 2016 o município registrou déficits de 6.323 e 3.860, respectivamente. Em 2014 o superávit foi de 1.583 vagas, em 2012 de 8.820, em 2011 de 12.684 e, em 2010, de 14.352. Nos meses de dezembro, todos os resultados anteriores a 2017 foram deficitários: de -2.046 vagas em 2016, de -2.520 em 2015, de -2.237 em 2014, de -1.289 em 2013, de -958 em 2012, de -1.207 em 2011, de -1.461 em 2010, de -1,392 em 2009 e de -1.301 em 2008.
Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado registrado pela economia de Ribeirão Preto ocorreu em 2010, quando a cidade contratou 109.136 pessoas e dispensou 94.784, com superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.