Por Felipe Frazão e Carla Araújo
O cantor e compositor paraibano Genival Lacerda, autor de clássicos da cultura popular brasileira, tirou o chapéu para o presidente Michel Temer hoje ao ser homenageado com a Ordem do Mérito Cultural no Palácio do Planalto, em Brasília.
Vestido com paletó em tom bege e um chapéu vermelho estampado, ele subiu ao palco, parou em frente a Temer e à primeira-dama, Marcela Temer, e os reverenciou. O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, entregou a insígnia da classe Cavalheiro a Genival Lacerda.
O músico consagrado no forró é uma das 30 personalidades que recebem nesta terça-feira, 19, e medalhas por contribuição à cultura nacional, tendo sido escolhidas por técnicos do Ministério da Cultura e ministros do governo Temer. Além das 30 pessoas, duas instituições também foram agraciadas: o bloco carnavalesco Galo da Madrugada, de Recife (PE), e a dupla teatral Moeller & Botelho.
Também receberam a medalha Cavalheiro, entre outros, a cantora paraense de carimbó Dona Onete, a cineasta Carla Camurati, que era próxima do governo Dilma Rousseff, e pessoas mais ligadas ao ministro, como ex-secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, e o estilista carioca Carlos Tufvesson. Ambos foram contemporâneos a Sérgio Sá Leitão na prefeitura do Rio, durante a gestão Eduardo Paes (PMDB).
O ator Renato Aragão foi outro homenageado no evento. Ele negou ter embaraços políticos com Temer, que enfrenta baixa popularidade e foi alvo de uma série de protestos na classe artística quando assumiu o governo, por ter, num primeiro momento, extinguido o Ministério da Cultura. Foram feitas ocupações em órgãos públicos e atos de repúdio pelo País. Temer voltou atrás e recriou a pasta. “Nada, nada. Estou aqui a convite pela Cultura. Pode ser qualquer presidente. Já vim aqui com Fernando Henrique Cardoso pelo Unicef e virei sempre que me convidarem”, disse o ator que protagonizava o personagem Didi Mocó, de Os Trapalhões.