Tribuna Ribeirão
Geral

Geddel, irmão e mãe devem ser condenados por bunker

bunker POLÍCIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO

A Segunda Turma do Supre­mo Tribunal Federal (STF) for­mou maioria nesta terça-feira, 22 de outubro, para condenar o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) e seu irmão, o ex-depu­tado Lúcio Vieira Lima (MDB), pelo crime de lavagem de di­nheiro no caso do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador.

Até agora, os três ministros que já votaram – Edson Fachin, Celso de Mello e Ricardo Lewa­ndowski – defenderam a conde­nação dos irmãos por lavagem de dinheiro. No caso do crime de associação criminosa, no en­tanto, Lewandowski abriu diver­gência parcial dos colegas.

“Para que determinado in­divíduo possa ser considerado sujeito ativo do crime, para que responda por essa infração criminal, é preciso que tenha consciência de que participa de uma organização que tenha como finalidade delinquir”, ob­servou Lewandowski.

“No presente caso, a perma­nência e estabilidade do víncu­lo entre os acusados decorre da relação familiar, caracterizada por laços de consanguinidade existente entre eles. No ponto, importa considerar que nada há nos autos que permita con­cluir que o relacionamento dos acusados se deva ao propósi­to de praticar ilícitos penais. Constituem uma família”, com­pletou Lewandowski.

Até a publicação deste texto, ainda faltavam votar os minis­tros Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Depois que todos vo­tarem, os ministros ainda vão discutir a dosimetria da pena. Geddel, preso desde 8 de setem­bro de 2017, Lúcio Vieira Lima e a mãe dos emedebistas, Marluce Vieira Lima, foram denunciados em dezembro de 2017.

A denúncia foi feita três meses após a deflagração da Operação Tesouro Perdido, que apreendeu, em 5 de setembro daquele ano, os R$ 51 milhões em dinheiro vivo – R$ 42,6 mi­lhões e US$ 2,6 milhões – em um apartamento em Salvador, que fica a pouco mais de um quilômetro da casa da matriarca. No dinheiro, foram encontradas digitais de Geddel.

Para Marluce Vieira Lima, o processo foi desmembrado à primeira instância. Segundo a denúncia do Ministério Pú­blico Federal (MPF), no perí­odo de 2010 a 2017, os irmãos Vieira Lima e a mãe praticaram uma série de atos com a finali­dade de ocultar valores prove­nientes de crimes.

Repasses de R$ 20 milhões pelo doleiro Lúcio Bolonha Fu­naro a Geddel por atos de cor­rupção na Caixa Econômica Fe­deral; recebimento por Geddel e Lúcio de R$ 3,9 milhões do Gru­po Odebrecht e apropriação de parte da remuneração paga pela Câmara dos Deputados a secre­tários parlamentares. Segundo o MPF, os valores foram dissimu­lados por meio de empreendi­mentos imobiliários.

Postagens relacionadas

Dia dos Pais aquece bares de RP 

Redação 2

TRF-4 rejeita embargos de declaração de Lula

Redação 1

Seca revela gravuras rupestres no AM

Redação 2

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com