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Gastrite = dor no estômago tem cura – final

Em matéria anterior, publicada aqui mesmo nesse espaço, tivemos a oportu­nidade de tecer considerações sobre um incômodo muito frequente na vida dos brasileiros e que está em consonância com o que acontece com outras pessoas em qualquer lugar do mundo de acordo com a literatura médica.

É o caso da gastrite que se manifesta, entre outros sinais e sintomas, como uma dor em queimação no estômago e que incomoda demais a vida de uma pessoa, pois, como dissemos anteriormente, ela interfere no ato de alimentar que consiste de saborear os alimentos e as bebidas e que se constitui num dos prazeres da vida.

Com tantas restrições para uma medida preventiva eficaz para se combater a gas­trite, algumas vezes a pessoa desanima podendo até achar que não vale à pena.

Mas as coisas não são bem assim. É preciso ter em mente que dependendo da gravidade, do tempo sem crise e de questões individuais é possível a pessoa usar essas iguarias, desde que com moderação.

Para tanto a pessoa deve discutir todas essas questões com o seu médico assistente. A pessoa portadora de gastrite não deve ficar sem comer por longos períodos de tempo.

Sem alimento na barriga o ácido gástrico se acumula e começa a prejudicar o estômago. Desse modo as refeições precisam ser com mais frequência de preferência a cada três horas. E a pessoa precisa comer devagar sendo necessária a mastigação dos alimentos que é a primeira fase da digestão visando poupar esforços do estômago.

Finalmente, a pessoa não deve fazer uso da automedicação em hipótese alguma. É preciso lembrar sempre que sentir dores no estômago vez ou outra não significa que a pessoa tenha gastrite.

Por outro lado, se essa dor se prolongar por cerca de duas semanas ou mais, uma consulta com um médico Clínico Geral ou com o especialista em Gastro é de fundamental importância para se firmar um diagnóstico definitivo que é feito através de um exame chamado endoscopia.

Este exame que no passado era tido como desagradável, nos dias atuais não é nada disso. É um exame tranquilo realizado em pouco tempo com a pessoa sedada por alguns minutos, não sentindo nada durante o exame.

Durante a realização do exame, é colhida amostra do tecido da parede do estômago que é enviada ao laboratório que analisa e constata-se a presença ou não da bactéria causadora da gastrite.

Mesmo que o resultado do exame chamado endoscopia seja negativo para a pre­sença da bactéria causadora da gastrite, a doença pode manter os mesmos sintomas.

Daí ser necessário procurar outras causas de gastrite como aquela decorrente do uso de certos remédios, do consumo exagerado de bebidas alcoólicas como já comentamos. Vejamos que as doenças do estômago causam muitos incômodos como dores estomacais, queimação, acidez e refluxo. Entretanto, pessoas submeti­das a estresse e ansiedade podem ter sintomas semelhantes à gastrite, daí surgindo o termo “gastrite nervosa”, frequentemente utilizado.

Uma coisa é certa: problemas emocionais, estados de tensão, estresse, causam sintomas semelhantes aos da gastrite causada pela bactéria. A essa altura do que foi dito e comentado até aqui, feito o diagnóstico de gastrite, uma pergunta que surge é: como é feito o tratamento da gastrite?

Ele é feito assim: em primeiro lugar, o cuidado com a alimentação para aliviar o mal-estar digestivo. Para combater a bactéria existem os antibióticos receita­dos pelo médico acompanhado de remédios para combater a acidez. Durante o tratamento certos alimentos não devem ser consumidos até que a regeneração do estômago esteja completa.

Refrigerantes, águas com gás, sucos cítricos, chocolates, balas e doces devem ficar fora do cardápio. Assim como o açúcar, pois ele fermenta na barriga, e fermentando contribui para liberar o ácido clorídrico. Esse tratamento deve durar em média de três a quatro semanas.
Quanto à “gastrite nervosa” ou aquela devido a outras causas é preciso identi­ficar o problema e instituir o tratamento específico.

Se for por estresse, o tratamento é melhorar a qualidade de vida da pessoa. Se a causa for alimentos, instituir a dieta específica.

Em suma: melhorar a qualidade de vida da pessoa, dormir de sete a oito horas por noite, administrar o estresse, solucionar conflitos familiares e pessoais, estabelecer o diálogo e o entendimento no local de trabalho, dieta saudável, ativi­dade física diária, lazer constante como filosofia de vida e medidas de apoio são fundamentais para a pessoa ficar livre desses incômodos.

Desse modo, eu, Dr. Adão, como médico e como pessoa, é o que eu desejo para você: que você tenha uma vida longa e feliz.

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