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Gasolina fica 7,5% mais cara no país

A Petrobras vai elevar em 7,5% o preço da gasolina para as distribuidoras nas suas refi­narias a partir desta quarta-fei­ra, 25 de janeiro. O preço do litro do combustível passará de R$ 3,08 para R$ 3,31, aumento de R$ 0,23. Havia 50 dias que a estatal brasileira não alterava o valor do derivado de petróleo.

A defasagem dos preços da gasolina em relação ao merca­do internacional atingiu 15% na segunda-feira (23), seguin­do a volatilidade do preço do petróleo. O diesel, por sua vez, não tem sido tão pressionado devido ao temor de uma reces­são global e incertezas em rela­ção à recuperação chinesa.

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comer­cializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consu­midor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bom­ba”, diz a nota da companhia.

No dia 7 de dezembro, o preço médio de venda da gaso­lina A da Petrobras para as dis­tribuidoras passou de R$ 3,28 para R$ 3,08 por litro, redução de R$ 0,20 por litro, queda de 6,11%. Segundo a empresa, esse aumento “busca o equilíbrio de seus preços com o merca­do, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, considerou o aumento insuficiente para que se abra uma janela de importação do combustível. “Ainda ficou um espaço para novo aumento, a gente esperava um reajuste maior”, diz.

Em Ribeirão Preto, segundo a Central de Monitoramento do Núcleo Postos, grupo seto­rial que reúne 85 revendedores da cidade, o preço médio da ga­solina para o consumidor local, deve ficar em torno de R$ 4,99 por litro, segundo nota assinada pelo presidente Fernando Roca.

“Já orientamos nossos as­sociados para que atualizem o preço nas bombas apenas quando novas remessas de gasolina chegarem das dis­tribuidoras com o reajuste na nota fiscal. Entre a refinaria e o tanque do consumidor, o combustível passa pelas dis­tribuidoras que aplicam o reajuste e repassam o valor aos postos revendedores”, diz.

Usinas
O preço do álcool combus­tível recuou nas usinas paulis­tas pela terceira semana segui­da. Ainda não houve aumento este ano. Na sexta-feira (20), baixou 1,15%, após queda de 7,82% no dia 13, de 2,77% no dia 6 e depois de fechar o ano passado com elevação de 2,69%. Agora, o valor do hi­dratado fechou abaixo de R$ 2,60, mas “encostou” nos R$ 3,90 no final de 2021. Baixou de R$ 2,5896 para R$ 2,5597.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – agora recuou 4,73%, após queda de 4,51% e depois de encerrar 2022 com aumen­to de 1,58%. Fechou a semana abaixo de R$ 3,00. Passou de R$ 3,0829 para R$ 2,9370. Os dados foram divulgados pelo Centro de Estudos Avança­dos em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

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