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Gasolina e etanol mais caros nas produtoras

Reajuste entra em vigor a partir desta terça-feira (Alfredo Risk)

O preço do etanol regis­trou a décima alta seguida nas usinas paulistas desde meados de setembro, segundo dados divulgados na sexta-feira, 22 de novembro, pelo Centro de Estudos Avançados em Eco­nomia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricul­tura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP). O último levantamento mostra que o litro do hidratado aumentou 1,49% na semana passada, de R$ 1,8784 para R$ 1,9064.

O produto acumula eleva­ção de 11,9% em cerca de dois meses. A tendência é a mesma em relação ao preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, com elevação de 0,5%, de R$ 2,0855 para R$ R$ 2,0960. Em aproximadamente 60 dias, a correção chega a 12,90%. Os re­ajustes devem provocar um efei­to cascata e serão repassados ao consumidor nos próximos dias, com a renovação dos estoques nos postos.

A Central de Monitoramen­to do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cida­de, o equivalente a 50% do mer­cado local – enviou comunicado à imprensa informando que estes reajustes nas produtoras vão ge­rar novos aumentos nas bombas, afetando o orçamento do consu­midor final. O grupo faz parte do Programa Empreender da Asso­ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). O impac­to será semelhante ao valor pra­ticado pelos intermediários aos comerciantes.

Na semana passada, o pre­ço do etanol subiu cerca de R$ 0,10 em Ribeirão Preto. Nos postos bandeirados saltou de R$ 2,80 (R$ 2,799), em média, para R$ 2,90 (R$ 2,899), reajuste de 3,6%. Nos sem-bandeira, passou de R$ 2,60 (R$ 2,597) para R$ 2,70 (R$ 2,697), em média, alta de 3,8%, mas é vendido em mé­dia por R$ 2,75 (R$ 2,749) – há locais onde o hidratado custa R$ 2,80 (R$ 2,779).

Segundo o mais recente le­vantamento da Agência Nacio­nal do Petróleo, Gás e Biocom­bustíveis (ANP), realizado entre os dias 17 e 23 de novembro, em 108 cidades paulistas, o pre­ço médio do etanol em Ribei­rão Preto é de R$ 2,766, alta de 0,84% em relação ao praticado até dia 16, de R$ 2,743, acrésci­mo de R$ 0,023.

Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,766 para o álcool e R$ 4,255 para a gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 65% – deixa de ser vantagem encher o tan­que com o derivado da cana-de­-açúcar quando a relação chega a 70%.
Com base nas médias dos postos bandeirados (R$ 2,90 para o etanol e R$ 4,40 para a gasolina) e sem-bandeira da ci­dade (R$ 2,75 para o álcool e R$ 4,35 para o derivado de petró­leo), a paridade está entre 65,9% e 63,2%, respectivamente.

Gasolina aumenta 4% nas refinarias
A Petrobras anunciou ao mercado um novo reajuste no preço do litro da gasolina nas refinarias, que começou a valer nesta quarta-feira, 27 de novembro. Segundo a empresa, a alta é de 4%, com acréscimo é de R$ 0,074. O óleo diesel permanece inalterado. Com esta correção, o valor de entrega pas­sa a variar de R$ 1,750 em Goiás a R$ 2,312 no Rio de Janeiro. O aumento deve chegar às bom­bas nos próximos dias.

No dia 19, a Petrobras havia anunciado alta de 2,77% (ou R$ 0,05) no preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias – com o novo reajuste, acumula alta de 12,77% nas uni­dades produtoras desde meados de setembro, quando subiu 3,5% e 2,5% em datas diferentes. O último aumento no valor do diesel também ocorreu no dia 19, quando subiu 1,18% (ou R$ 0,026) nas refinarias, chegando a R$ 2,229.

Segundo o mais recente levan­tamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 17 e 23 de novembro, em 108 cidades paulistas, o litro da gasolina ven­dida em Ribeirão Preto custa em média R$ 4,255, queda de 0,77% em relação ao cobrado no período anterior, de R$ 4,288, desconto de R$ 0,033. O litro do diesel ficou 1,31% mais caro, saltando de R$ 3,583 para R$ 3,630, acréscimo de R$ 0,047.

Na semana passada, a Central de Monitoramento do Núcleo Pos­tos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – enviou comu­nicado à imprensa informando que os reajustes nas refinarias da Petrobras e nas usinas de açúcar e álcool paulistas provocariam um novo aumento no preço da gaso­lina, do óleo diesel e do etanol nas bombas, afetando o orçamento do consumidor final.

O grupo, que faz parte do Pro­grama Empreender da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), ressalta que os pre­ços dos combustíveis foram rea­justados nas unidades produtoras e o aumento está sendo repassado às distribuidoras, gerando um efeito cascata que atinge reven­dedores e o consumidor. Segundo a central, o impacto nas bombas será semelhante ao valor pratica­do pelos intermediários aos donos de postos. O novo valor deverá ser implantado com a renovação dos estoques – o etanol já está R$ 0,10 mais caro, em média (leia nesta página).

Nos postos bandeirados de Ribeirão Preto, o litro da gasoli­na é vendido, em média, por R$ 4,40 (R$ 4,399), mas é possível encontrar o produto por R$ 4,31 (R$ 4,309). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo custa R$ 4,35 (R$ 4,349), mas alguns revende­dores cobram menos, entre R$ 3,96 (R$ 3,959), R$ 4 (R$ 3,999) e R$ 4,20 (R$ 4,199). O consumidor deve pesquisar porque também há desconto no derivado de petróleo para pagamento em dinheiro. Nas bombas, o diesel varia entre R$ 3,39 (R$ 3,389) e R$ 3,50 (R$ 3,499) nos revendedores de ban­deira branca e entre R$ 3,70 (R$ 3,699), R$ 3,77 (R$ 3,769) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos de rede.

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