A queda de 8,17% no preço do gás de cozinha ainda não havia chegado para o consumidor de Ribeirão Preto até este final de semana, segundo aponta o levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 municípios paulistas entre 4 e 10 de agosto. No início do mês, a Petrobras anunciou descontos entre 6,5% e 12%, dependendo da localidade – passaria a valer a partir do dia 5.
Na região Sudeste, o abatimento deveria der se 8,17%. Apesar do estudo da ANP, alguns revendedores já reduziram o preço e aplicaram desconto de até R$ 5, mas a média de retração na cidade deve ser de até R$ 3 – será gradual conforme a renovação dos estoques. De acordo o estudo, o gás liquefeito de petróleo (GLP) vendido em Ribeirão Preto ainda é o mais caro do estado de São Paulo – está no topo do ranking desde 30 de junho, há mais de seis semanas seguidas (ou 45 dias), depois permanecer um mês longe da incômoda liderança.
Ribeirão Preto havia aparecido no topo do ranking na primeira semana de junho, entre os dias 2 e 8, quando era negociado a R$ 82,43, em media, e depois oscilou entre o segundo, terceiro e quarto lugares. Mais uma notícia ruim: de acordo com o estudo da ANP, atualmente o valor está acima R$ 80 há novamente e o produto vendido na cidade custa, em média, R$ 80,14 (mínimo de R$ 65 e máximo de R$ 94).
Na semana passada, o GLP aumentou 0,54% em comparação com a anterior, quando o vasilhame de 13 quilos era revendido por R$ 79,71, acréscimo de R$ 0,43. Até dia 3, custava R$ 78,90. Os revendedores de Ribeirão Preto pagam R$ 60,08 (piso de R$ 58 e teto de R$ 63), acima do valor de R$ 58,45 do período anterior, R$ 1,63 a mais e alta de 2,8%.
A variação entre o valor pago pelo revendedor e pelo consumidor chega a chega a 33,4%, diferença de R$ 20,06. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. A segunda colocada do ranking dos mais caros também é da região: São Carlos repassa o GLP por R$ 79,36 (mínimo de R$ 72,90 e máximo de R$ 89), cerca de 1% inferior ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 0,78.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 80,14) está R$ 26,14 acima do praticado em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, de R$ 54 (piso de R$ 51 e teto de R$ 60), o produto mais barato do estado, variação de 48,4%. O último aumento foi anunciado em 5 de maio pela Petrobras. A estatal autorizou reajuste entre 3,3% a 3,6%, dependendo do polo de suprimento, percentual que foi repassado ao consumidor. No início de fevereiro subiu entre 0,5% a 1,4%. Antes, a última correção anunciada para o produto, que tem ajustes trimestrais, ocorreu em 6 de novembro de 2018.