O preço do botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) caiu nos revendedores de Ribeirão Preto e custa menos de R$ 80, mas ainda é o mais caro do estado de São Paulo. A informação é da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A cidade está na liderança do ranking desde o ano passado, com algumas oscilações, mas sempre entre os cinco municípios que cobram o valor mais alto pelo produto.
Na mais recente pesquisa semanal, realizada entre 22 e 28 de julho, em 108 municípios paulistas, a ANP constatou que o valor médio cobrado na cidade pelo gás de cozinha é de R$ 79,05 (mínimo de R$ 70 e máximo de R$ 90), queda de 3,9% em relação aos R$ 82,29 cobrados até dia 21 – no estudo anterior, na primeira quinzena deste mês, custava em média R$ 81,14, e na primeira semana estava em R$ 79,29, sempre no topo do ranking.
No início do mês, a Petrobras anunciou aumento de 4,4%. O novo preço, sem tributos, passou a ser de R$ 23,10 nas refinarias. No acumulado do ano, o GLP-13 acumula queda de 5,2% em relação a dezembro de 2017, segundo a estatal. Os revendedores de Ribeirão Preto pagam R$ 54 pelo vasilhame de 13 quilos. A variação chega a 46,4%, diferença de R$ 25,05. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 79,05) está R$ 1,05 acima do praticado pela segunda colocada do ranking, São Caetano do Sul, onde o botijão custa R$ 78 em média (mínimo de R$ 70 e máximo de R$ 85), variação de 1,34%. Em relação ao valor mais baixo do estado de São Paulo, praticado em Cruzeiro, de R$ 56,14 (mínimo de R$ 53 e máximo de R$ 60), a diferença para o GLP vendido em Ribeirão Preto chega a R$ 22,9, com variação 40,8%.
O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano “para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico”, disse a Petrobras na época. Em nota no seu site, a empresa apontou como motivos o ajuste à alta da cotação internacional do GLP, que subiu 22,9% entre março e junho, período em que a desvalorização do real frente ao dólar foi de 16%.
Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor brasileiro seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da estatal.
Petrobras mantém preço médio da gasolina
A Petrobras anunciou que o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias será mantido em R$ 1,9682 nesta quarta-feira, 1º de agosto. O valor segue o mesmo desde 28 de julho. O preço do diesel, por sua vez, segue inalterado desde 1º de junho em R$ 2,0316. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou nesta terça-feira (31) que o governo vai manter o desconto total de R$ 0,46 até o final do ano (31 de dezembro), como acordado durante a greve dos caminhoneiros. Apesar disso, Padilha admitiu que, na prática, o preço do diesel pode aumentar dependendo da variação no mercado internacional nos próximos meses.