A Petrobras informou nesta sexta-feira, 11 de junho, às distribuidoras que vai elevar o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, em 5,9% a partir de segunda-feira (14). O aumento equivale a R$ 0,19 o quilo, passando o preço nas refinarias para R$ 3,40 por quilo. O último reajuste do produto havia sido no dia 2 de abril, uma alta de 5%.
Em abril, o quilo do GLP- 13 produzido nas refinarias da Petrobras ficou, em média, R$ 0,15 mais e passou a ser vendido a R$ 3,21. O botijão de 13 quilos (GLP-13) subiu para a R$ 41,68. Segundo a empresa, a alta no preço do gás de cozinha reflete as movimentações da cotação internacional do petróleo, utilizada como insumo na produção do GLP, além do câmbio.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 6 e 12 junho, o botijão de 13 quilos do gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa em R$ 85,90 (mínimo de R$ 78 e máximo de R$ 91), mas há locais onde custa mais de R$ 100 com a taxa de entrega. Em outros sai por R$ 95 para compra na porta de casa.
O valor atual do gás de cozinha é R$ 0,95 superior aos R$ 84,95 do período anterior (piso de R$ 70 e teto de R$ 95), alta de 1,1% em relação ao preço do dia 5. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.
O gás de Ribeirão Preto também está 8,8% mais barato que o de Marília, o mais caro do estado. São R$ 8,27 de diferença. Em comparação com o de Araçatuba, o mais barato das cidades paulistas, custa R$ 11,61 a mais, variação de 15,6%.
Desde 2019, a Petrobras praticava reajustes mensais para o GLP, mas, a partir da posse do general Joaquim Silva e Luna, em abril, interrompeu o processo e no mês de maio não teve reajuste. Agora, o gás de cozinha (botijão de 13 quilos, o GLP-13) passa a ser negociado a R$ 44,20.
“A Petrobras busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, diz a companhia em nota.
Em 2021, o número de reajuste e os percentuais de alta têm sido menores do que os praticados no comércio de gasolina e óleo diesel. Em nota, a empresa afirma que “os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”.
“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.” Neste ano, o gás de cozinha já acumula alta de 28% nas refinarias da Petrobras.
Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, respondem pelos preços ao consumidor final. Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro.