A Petrobras informou nesta segunda-feira, 1º de março, reajuste de 5,2% no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP-13). Está é a terceira vez que a estatal eleva o valor do produto este ano. O preço para as distribuidoras será de R$ 3,05 por quilo (R$ 0,15 mais caro), ou seja, R$ 39,69 (ou R$ 1,90 mais caro) pelo botijão de 13 quilos do gás de cozinha nas refinarias.
O novo preço começa a valer nesta terça-feira (2). Neste ano, o gás de cozinha já acumula alta de 17,1% nas refinarias da Petrobras. Em Ribeirão Preto, a expectativa é que o botijão de 13 quilos seja vendido por até R$ 100 com a taxa de entrega. Segundo a estatal, seus preços são baseados no valor do produto no mercado internacional e na taxa de câmbio.
Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis, destaca nota divulgada pela empresa.
A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, respondem pelos preços ao consumidor final. Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 21 e 27 de fevereiro, o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 82,09 (mínimo de R$ 75 e máximo de R$ 89), alta de 1,6% e acréscimo de R$ 1,33 em relação à semana anterior, de 14 a 20 de fevereiro, quando o botijão de 13 quilos era vendido por R$ 80,76 (piso de R$ 75 e teto de R$ 88).
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O primeiro lugar do ranking dos mais caros do estado é de Diadema, na região do ABC Paulista, que repassa o GLP por R$ 88,89 (piso de R$ 79,99 e teto de R$ 92,99), cerca de 8,3% acima do preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 6,80.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto ainda está R$ 9,09 acima do praticado em Assis, onde o botijão do gás de cozinha custa R$ 73 (mínimo de R$ 72 e máximo de R$ 75), o produto mais barato do estado. Em relação ao GLP ribeirão-pretano, a variação chega a 12,4%.
De acordo com o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,3% no Brasil, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. O preço médio da revenda do botijão, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69, em março do ano passado, para R$ 75 em novembro. Há cinco anos, era revendido a R$ 47,43.