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Gás de cozinha sofre reajuste

O gás de cozinha está entre R$ 4 e R$ 5 mais caro em Ribeirão Preto desde segunda-feira, 1º de maio. O motivo é a entrada em vigor da alíquota única de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o produto, válida para todo o Brasil.
O valor do tributo variava de estado para estado, mas a média cobrada em todo o país era equivalente a R$ 14,60, segundo cálculos do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás).
Com o novo sistema, o tributo foi fixado nacionalmente para R$ 16,34, uma alta de 11,9% em relação à média do país. No estado de São Paulo, onde o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo (GLP-13) custava cerca de R$ 12,72, a alta chega a 28,5%, aporte de R$ 3,62.
Ribeirão Preto – Em Ribeirão Preto, o botijão de 13 quilos, que até segunda-feira custava em média R$ 110 nas revendedoras, sem taxa de entrega, agora é vendido por R$ 115, mas há estabelecimentos que cobram R$ 125 para compra no local. Se o cliente optar por “delivery”, vai pagar entre R$ 5 e R$ 10 a mais. Neste caso, o valor pode variar de R$ 120 a R$ 135.
A mudança representará alta em 21 das 27 unidades da federação. A alteração foi determinada pela lei complementar número 192/2022, que previu a unificação das alíquotas de ICMS cobradas sobre combustíveis (gasolina, etanol anidro combustível, gás liquefeito de petróleo, diesel e biodiesel) pelos estados.
Maio – A medida, que entraria em vigor no dia 1º de abril, foi postergada para o início de maio para gás, biodiesel e diesel.  Isso ocorreu para permitir que as unidades da federação fizessem os últimos ajustes para a implementação do novo modelo de tributação.
A decisão veio após reunião do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) e entidades do setor de óleo e gás com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. A Petrobras não altera o preço do produto desde 8 de dezembro.
Na época, anunciou redução de 9,7% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras, de R$ 3,5837 por quilo para R$ 3,2337 por quilo. Assim, o preço médio botijão de 13 quilos, popularmente conhecido como gás de cozinha, caiu R$ 4,55, para R$ 42,04.
O valor cobrado pela petrolífera brasileira corresponde a 42,5% do preço final que as famílias pagam pelo botijão, que custa, em média, R$ 107,54 no país. Distribuidores e revendedores de combustíveis ficam com 47% do valor pago pelo consumidor final, e 10,5% vão para as unidades da federação por meio do ICMS.
Até o reajuste da Petrobras chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais. Ainda entram na conta, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
ANP – No início de setembro, o preço médio do gás de cozinha ficou entre R$ 5 e R$ 6 mais caro em Ribeirão Preto por causa do reajuste salarial dos petroleiros, de 9%. Segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, realizado entre 22 e 29 de abril, o botijão vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 112,19 (mínimo de R$ 100 e máximo de R$ 124,99).
O valor está 1,26% acima dos R$ 110,79 (piso de R$ 89 e teto de R$ 124,99) da semana anterior, acréscimo de R$ 1,40, ainda sem o peso do novo ICMS. Entre 11 e 17 de setembro do ano passado, o botijão de 13 quilos chegou a custar, em média, R$ 119 (piso de R$ 113 e teto de R$ 125), novo recorde.
É o maior valor já registrado pela pesquisa da Agência Nacional do Petróleo na cidade. O recorde anterior fora registrado entre 17 e 23 de abril do ano passado, quando era vendido, em média, por R$ 118,14 (mínimo de R$ 106 e máximo de R$ 125).

Média –
O valor cobrado pelo gás de cozinha em Ribeirão Preto está 4,32% acima da média nacional, de R$ 107,54. acréscimo de R$ 4,65. Também é 6,62% superior aos R$ 105,22 do restante do estado de São Paulo. São R$ 6,97 a mais.
Inflação – As 24 distribuidoras de gás de Ribeirão Preto vendem, em média, 3.300 Unidades por dia para os comerciantes. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou deflação de 0,48% no preço do gás. No ano recua 1,74% e em doze meses, a queda é de 1,03%.

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