A Petrobras reajustou o preço médio do botijão de 13 quilos do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP-13), também conhecido como gás de cozinha, em 5%. O aumento está valendo desde a última quinta-feira, 3 de dezembro, para as distribuidoras, mas vai chegar ao consumidor final.
O preço médio da Petrobras às revendedoras é equivalente a R$ 33,89 por botijão de 13 quilos. Neste ano, o produto já acumula variação média de 21,9%, ou R$ 6,08 por botijão. Em Ribeirão Preto, o preço do gás de cozinha pode passar de R$ 85 e, com a taxa de entrega, pode chegar a R$ 90. Mas vai depender do repasse das distribuidoras.
“Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional”, diz a estatal em nota.
Envolve ainda “os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento. Esta metodologia de precificação acompanha os movimentos do mercado internacional, para cima e para baixo”, ressalta a Petrobras.
A estatal destaca ainda que, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Segundo pesquisa da ANP, na última semana de novembro o preço médio do botijão praticado no país era de R$ 73,22. Os preços, no entanto, são livres, e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final.
Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro. Segundo levantamento semanal da ANP, realizado entre 29 de novembro e 5 de dezembro, o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 72,24 (mínimo de R$ 64,99 e máximo de R$ 80).
A ANP constatou queda de 0,4% e desconto de R$ 0,28 em relação à semana anterior, de 21 a 28 de novembro, quando o botijão de 13 quilos era vendido por R$ 72,52 (piso de R$ 64,99 e teto de R$ 78). As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes.
O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da macrorregião. Matão repassa o GLP por R$ 81 (piso de R$ 74 e teto de R$ 85), cerca de 10,8% acima ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 8,76. O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto ainda está R$ 8,57 acima do praticado em Caraguatatuba, de R$ 63,67 (mínimo de R$ 62 e máximo de R$ 65), o produto mais barato do estado, variação de 13,5%.