A Petrobras anunciou o primeiro aumento do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) deste ano, da ordem de 6%, depois de ter reajustado em 5% em 3 de dezembro. O aumento, válido a partir desta quinta-feira, 7 de janeiro, segue a alta do preço do petróleo no mercado internacional, que nesta quarta-feira (6) fechou cotado a US$ 54,30 o barril do tipo Brent. Em 2020, a alta do GLP foi de 21,9%.
A alta afeta tanto GLP de 13 quilos, o chamado gás de cozinha, que será vendido nas refinarias a R$ 35,98 o botijão, correspondente a 46% do preço total, quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios, academias, entre outros. “Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação”, diz a estatal.
“O preço de paridade de importação é formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores teriam, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento, também sendo influenciado pela taxa de câmbio”, informa a Petrobras.
O gás de cozinha fechou o ano passado com variação média acumulada de 21,9%, ou R$ 6,08 por botijão. Em Ribeirão Preto, o preço do gás de cozinha pode chegar a R$ 85 com a taxa de entrega, dependendo da região e da distância entre a casa do cliente e o comerciante. Mas vai depender do repasse das distribuidoras.
A estatal destaca ainda que, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final. Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro.
Segundo levantamento semanal da ANP, realizado entre 27 de dezembro e 2 de janeiro, o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 73,80 (mínimo de R$ 67,99 e máximo de R$ 88), queda de 3,6% e desconto de R$ 2,72 em relação à semana anterior, de 20 a 26 de dezembro, quando o botijão de 13 quilos era vendido por R$ 76,52 (piso de R$ 70 e teto de R$ 88).
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da Grande São Paulo. Mauá repassa o GLP por R$ 83,89 (piso de R$ 78 e teto de R$ 88), cerca de 13,7% acima ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 10,09.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto ainda está R$ 7,13 acima do praticado no litoral norte do Estado de São Paulo. Em Caraguatatuba, o botijão do gás de cozinha custa R$ 66,67 (mínimo de R$ 65 e máximo de R$ 68) é o produto mais barato do estado. Em relação ao GLP ribeirão-pretano, a variação chega a 9,7%.