A Petrobras confirmou o reajuste de 6% do preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) – o popular gás de cozinha – a partir desta terça-feira, 6 de julho. O aumento equivale a R$ 0,20 o quilo, passando o preço nas refinarias para R$ 3,60 por quilo.
Essa é a segunda alta do botijão de 13 quilos (GLP-13) anunciada desde a posse do general Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras, em 19 de abril. A primeira, de 5,9%, ocorreu em 14 de junho. Em Ribeirão Preto, o preço do botijão de 13 quilos deve chegar a R$ 110 com a taxa de entrega.
O preço do gás de cozinhas já havia registrado alta de 5% em 2 de abril. A Petrobras afirma que evita repassar imediatamente a volatilidade externa aos preços do mercado interno, mas busca o equilíbrio de seus valores com o mercado internacional e a taxa de câmbio.
De acordo com a estatal, tal alinhamento “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes setores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileira”. A Petrobras já havia reajustado o preço produto havia em 2 de abril, uma alta de 5%.
Segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 27 de junho e 3 de julho, o botijão de 13 quilos do gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa em R$ 90,28 (mínimo de R$ 85 e máximo de R$ 95), mas há locais onde custa R$ 105 com a taxa de entrega.
Em outros sai por R$ 95 para compra na porta de casa. Estes valores devem ser alterados a partir desta semana. O valor atual do gás de cozinha é R$ 0,28 superior aos R$ 90 cobrados até dia 26 de junho (piso de R$ 85 e teto de R$ 95), alta de 0,3%.
As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O gás de Ribeirão Preto também está 7,1% abaixo dos R$ 97,19 cobrados em Caçapava (mínimo de R$ 93,99 e máximo de R$ 99,99), o mais produto mais caro do estado. São R$ 6,91 de diferença.
Em comparação com o de Olímpia – R$ 73,83 (piso de R$ 65 e teto de R$ 78), o mais barato das cidades paulistas, gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto custa R$ 16,45 a mais, variação de 22,3%. Com o reajuste de 6%, o botijão de GLP-13 sai das refinarias por R$ 46,85, em média.
“A Petrobras busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, diz a companhia em nota.
Em 2021, o número de reajuste e os percentuais de alta têm sido menores do que os praticados no comércio de gasolina e óleo diesel. Em nota, a empresa afirma que “os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”.
“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pelas distribuidoras, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.” Neste ano, o gás de cozinha já acumula alta de 34% nas refinarias da Petrobras.
Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.
Os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores. As distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, respondem pelos preços ao consumidor final. Para definir o valor, os estabelecimentos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributação e margem de lucro.