O estoque de gás de cozinha zerou de novo em Ribeirão Preto. Um boato divulgado nas redes sociais sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros autônomos, a partir desta segunda-feira, 4 de junho, provocou uma correria às distribuidoras. Resultado: faltou botijão para quem realmente precisa do produto.
Na última quarta-feira, 30 de maio, o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) envasado em botijões de 13 quilos, o popular gás de cozinha, começou a chegar a Ribeirão Preto, depois de dez dias de greve nas estradas, com terminais de petróleo bloqueados. Durante o feriadão de Corpus Christi, no entanto, uma “fake news” (notícia falsa) informava que os caminhoneiros estavam se mobilizando para novos piquetes nas refinarias a partir de ontem.
No final de semana já estava faltando botijões em Ribeirão Preto. Algumas pessoas como a gerente de telemarketing Solange Ferrari rodou a região do Jardim Zara, Parque Novo Mundo, avenida Barão do Bananal e não encontrou o produto. “O revendedor na esquina de casa recebeu 120 botijões. Acabou em um dia”. O quadro era o mesmo nas zonas Norte e Oeste.
Quem conseguiu encontrar o gás de cozinha aproveitou e comprou o botijão, mesmo com um ainda cheio em casa. Em Ribeirão Preto, as 24 distribuidoras de gás vendem 3.300 unidades por dia para os revendedores. O preço médio era de R$ 75. No entanto, segundo a última pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que foi severamente prejudicada pela manifestação dos caminhoneiros, o valor do GLP vendido na cidade estava em R$ 85,50 (mínimo de R$ 85 e máximo de R$ 86) na semana passada.
O levantamento foi realizado entre 27 de maio e 2 de junho, mas em apenas duas revendedoras onde os fiscais encontraram o produto. Na semana anterior, de 20 a 26 de maio, já durante a greve, o botijão vendido em Ribeirão Preto custava, em média, R$ 79,24, e já era o mais caro do estado. A expectativa é que mais vasilhames cheguem nesta terça-feira (5). Os comerciantes alertam: não precisa correria.