O preço do gás de cozinha está 4,5% mais caro a partir desta sexta-feira, 6 de setembro, devido à data-base que envolve o reajuste salarial dos petroleiros e à recomposição dos custos para empresas do ramo. As distribuidoras passam o ano acumulando alta nos insumos, como combustível, frete e energia
No começo de setembro, somam a data–base, todos os insumos e formalizam o aumento, que vale desde segunda-feira (2), mas terá reflexo a partir desta sexta-feira. Em Ribeirão Preto, o reajuste deve ser, em média, entre R$ 5,00 e R$ 9,00, dependendo da distribuidora.
Desde 9 de julho, o preço do gás de cozinha está 9,81% mais caro. Subiu R$ 3,10 por botijão de 13 quilos (9,81%) e passou a custar R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.
O valor cobrado pela petrolífera brasileira corresponde a 42,5% do preço final que as famílias pagam pelo botijão. Distribuidores e revendedores de combustíveis ficam com 47% do valor pago pelo consumidor final, e 10,5% vão para as unidades da federação por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Até o reajuste da Petrobras chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais. Ainda entram na conta, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
ANP – Segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, realizado entre 25 e 31 de agosto, o botijão de 13 quilos (GLP-13) vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 105,53 (mínimo de R$ 84,99 e máximo de R$ 119,99).
O valor está apenas 0,05% abaixo dos R$ 105,58 (piso de R$ 84,99 e teto de R$ 119,99) da semana anterior, desconto de R$ 0,05. Entre 11 e 17 de setembro de 2022, o botijão de 13 quilos chegou a custar, em média, R$ 119 (piso de R$ 113 e teto de R$ 125), recorde.
Até hoje é o maior valor já registrado pela pesquisa da Agência Nacional do Petróleo na cidade. O recorde anterior fora registrado entre 17 e 23 de abril de 2021, quando era vendido, em média, por R$ 118,14 (mínimo de R$ 106 e máximo de R$ 125).
Média – O valor cobrado pelo gás de cozinha em Ribeirão Preto está 2,88% acima da média nacional, de R$ 102,58, acréscimo de R$ 2,95. Também é 0,29% superior aos R$ 105,22 do restante do estado de São Paulo, aporte de R$ 0,31. As 24 distribuidoras de gás de Ribeirão Preto vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.