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Gaema arquiva inquérito da FCA

O Grupo de Atuação Es­pecial de Defesa do Meio Am­biente (Gaema) anunciou nesta quarta-feira, 7 de fevereiro, o arquivamento do inquérito civil instaurado para investigar a su­posta prática de crime ambiental em terreno da da Ferrovia Cen­tro-Atlântica (FCA) localizada no Parque Industrial Coronel Quito Junqueira, na Zona Norte de Ribeirão Preto. O relatório, com data do dia 1º, é assinado pelo promotor Guilherme Cha­ves Nascimento.

O Tribuna já havia anuncia­do, em outubro do ano passado, que fiscais da Secretaria Mu­nicipal de Meio Ambiente não constataram a prática de crimes ambientais ou outras irregulari­dades no local. Eles foram checar a denúncia de que a Valor Logís­tica Integrada (VLI, controlado­ra da FCA) estaria enterrando vagões, trilhos e dormentes no local. A Companhia de Tecno­logia do Estado de São Paulo (Cetesb), ligada à pasta estadu­al do Meio Ambiente, também confirmou que todos os proce­dimentos legais e técnicos foram respeitados pela FCA.

No relatório do Gaema, o promotor informa que técnicos da Cetesb estiveram no terreno e constataram que “a denúncia não procede, uma vez que as obras estão sendo encaminhadas conforme licenciamento con­cedido, não sendo constatado o aterramento de vagões, trilhos e dormentes”. A denúncia partiu de uma grupo de sem-teto que ocupou a área conhecida como Cidade Locomotiva – por causa da grande quantidade de vagões desativados.

Um engenheiro da VLI teria dito aos invasores que dos mais de 50 comboios que estavam no terreno de 60 mil metros quadrados, 20 haviam sido reti­rados e mais de 30 estavam sen­do reformados. A empresa vai modernizar a oficina, por isso a intervenção. Os agentes de fisca­lização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também in­formam que “se trata de obras de revitalização do complexo fer­roviário de Ribeirão Preto, com a construção de nova oficina e modernização do pátio de car­gas e manobras”.

“Verificamos também que todas as licenças estão em or­dem e foram emitidas pelo órgão licenciador estadual –Cetesb –, bem como a certi­dão de anuência emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além do termo de compromisso de recuperação ambiental”, emendam.

“Assim sendo, concluímos in­formando que a obra está em con­formidade com as licenças obtidas e não encontramos nenhuma irregularidade”. Assinam o laudo os agentes Antonio César Collares Moura e Adriana da Silva Monta­nheiro Figueira e o chefe do setor Laurindo Antonio da Silva.

A Cetesb já havia dito ao Tribuna que emitiu todas li­cenças para liberar a terraple­nagem do terreno, mas infor­mou também que investigaria a denúncia dos moradores da Cidade Locomotiva – sobre o material que estaria sendo enterrado. A favela conta com cerca de 350 famílias – aproxi­madamente 1,5 mil moradores.

Por meio de nota, a VLI, em­presa que controla a FCA, diz que “realiza uma série de serviços pre­paratórios e de terraplenagem no Pátio Ferroviário de Ribeirão Pre­to para a ampliação do mesmo e a construção de uma nova oficina. Atualmente, a primeira fase, que é de terraplenagem do terreno está sendo concluída juntamente com a separação adequada dos materiais. Os vagões estão ape­nas sendo realocados no terreno para facilitar o manuseio duran­te as atividades.”

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