Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) pediram ao juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira, que o advogado Klaus Phillip Lodoli volte a ser preso preventivamente. Eles alegam que o acusado pode destruir provas referentes às fraudes judiciais investigadas pela Operação Têmis.
O suspeito é um dos sócios do escritório “Lodoli, Caropreso, Bazo & Vidal Sociedade” – que também conta com Gustavo Caropreso Soares de Oliveira, Ângelo Luiz Feijó Bazo e Renato Rosin Vidal –, acusado de fraudar processos que somam R$ 100 milhões. Todos foram presos em janeiro, mas obtiveram habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) dois meses depois.
No documento enviado ao juiz, os promotores argumentam que, após obter a liberdade provisória, Lodoli alterou o usuário e a senha de uma conta bancária do escritório e realizou o pagamento de “títulos de origem desconhecida” que somam R$ 39 mil. Após esse episódio, a Justiça voltou a determinar o bloqueio da conta e dos valores nela depositados. Entretanto, o Gaeco justifica que, independentemente da medida, qualquer movimentação deveria ser previamente comunicada e autorizada pelo juízo.
Os promotores dizem ainda que a prisão preventiva do advogado é “imprescindível” para assegurar a colheita de provas e afastar o risco de ocultação ou destruição de documentos, assim como de movimentações financeiras não autorizadas pela Justiça, como ocorreu.