O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Militar, realizou diligências para o cumprimento de 07 mandados de prisões temporárias e 34 mandados de buscas apreensões. Trata-se da segunda fase da operação batizada de “Pândega”, a qual visa desmantelar organizações criminosas compostas por agentes públicos e empresários de Igarapava.
Na data de hoje são cumpridos mandados de prisão contra vereadores, ex-vereadores e particulares. Apurou-se que os vereadores passaram a receber, desde 2013, uma espécie de mensalinho para formar a maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao então prefeito Carlos Augusto Freitas.
No período de 2013 a 2016 a organização criminosa fraudou procedimentos licitatórios e superfaturou contratos mantidos com o Município, objetivando-se angariar recursos para pagar vantagens indevidas aos vereadores. Em contrapartida, os vereadores aprovaram projetos de lei prejudiciais à população e que acabaram por causar imenso déficit no orçamento da cidade.
Foram presos o vereador Luiz Antônio Ferreira, conhecido como Tchequinha, na Rua João Bim, e o suplente de vereador João Gabriel no apartamento dele na Vila Tibério, em Ribeirão Preto. A empresa de produtos alimentícios que os promotores do GAECO e Policiais Militares cumpriram mandado de busca e apreensão pertence à família de João Gabriel.
A operação foi deflagrada nas cidades de Igarapava, Rifaina, Ribeirão Preto, Delta, Uberaba e Uberlândia/MG, contando com o apoio dos Gaeco’s de Uberaba e Uberlândia/MG, bem como da Polícia Militar do Estado de São Paulo e da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.