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GAECO e DEIC realizam Operação Lobo Mau em RP

Objetivo é desarticular grande organização criminosa que se dedica à produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantojuvenil

Operação Lobo Mau cumpre 94 mandados de busca e apreensão, dos quais três em Ribeirão Preto (Foto: MPSP/Divulgação)

Por: Adalberto Luque

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Polícia Civil realizam, na manhã desta quinta-feira (31), uma operação nacional para combater uma grande organização criminosa voltada à produção, armazenamento e compartilhamento de material com pornografia infanto juvenil. A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Civil a partir de São José do Rio Preto, onde a investigação se originou em abril deste ano.

O objetivo da Operação Lobo Mau foi cumprir 94 mandados de busca e um de prisão. Os mandados serão cumpridos em 20 estados. Em São Paulo, são mais de 30 alvos da operação, dos quais, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Ribeirão Preto por integrantes do GAECO e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC).

De acordo com o MP, com o avanço das investigações, foi possível descobrir a existência de um número expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

A força-tarefa, que no Estado de São Paulo também contou com a participação da Polícia Militar, busca apreender dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento de conteúdo, que irão passar por perícia para produzir provas contra a organização criminosa.

“São várias estruturas hierárquicas desse ecossistema criminoso. A força-tarefa, em sua investigação, apurou e tenta desarticular uma das maiores redes criminosas instaladas na dark web e em multiplataforma voltada para a produção, comércio, armazenamento, compartilhamento e divulgação de material pornográfico infantojuvenil”, explicou o delegado divisionário da DEIC, Kleber de Oliveira Granja.

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