O volante Gabriel pouco jogou com Thiago Nunes e Dyego Coelho no Corinthians. Amargou a reserva até se reencontrar com Vagner Mancini, seu técnico no Botafogo em 2014. Ganhou nova chance, se firmou e cresceu junto com o time. Agora comemora a boa fase. Está tão disposto a ajudar a equipe na busca pela vaga na Copa Libertadores que passará a virada do ano com o “Fluminense na cabeça”.
Adversário direto na luta pelo G6 e à frente do Corinthians apenas um ponto (40 a 39), os cariocas são os próximos rivais, no dia 13 de janeiro, na Neo Química Arena, em São Paulo. O clássico contra o Palmeiras, marcado inicialmente para o dia 6, foi adiado para 18 de janeiro.
“Vamos ter alguns dias para refrescar a mente. Mas assim que voltar, tem de ser concentrado. Já estou pensando no Fluminense, é disputa de posição na tabela”, afirmou o volante. “Não vou desligar da competição. E tenho certeza que todos estão nesse pensamento também”.
Satisfeito pelo seu crescimento, Gabriel não para de elogiar Mancini, os estudos dos adversários e a determinação do elenco. Depois de um início bem ruim e ameaça de queda, o Corinthians está em nono lugar, com a mesma pontuação do Santos e um atrás do Fluminense. Com a possibilidade de o G6 se tornar até G8, o sonho é voltar à Libertadores em 2021.
“Estou muito feliz pelo momento, pelas vitórias, pelo crescimento na tabela. O Mancini, junto com a comissão, vem me ajudando bastante, dando mais liberdade para jogar”, elogiou Gabriel. “Na época de base eu jogava mais avançado, como meia, então tenho essa liberdade. Nesse esquema que estamos jogando, consigo vir de trás como elemento surpresa”, acrescentou. “Estou muito feliz por estar contribuindo com a equipe”.
Há sete jogos sem receber cartão amarelo, Gabriel garante não ser um jogador desleal e festeja o resgate da identidade corintiana. São seis jogos sem derrota no Brasileirão e apenas um gol sofrido, nos 2 a 1 sobre o Goiás.
“O Mancini encontrou o sistema de jogo. Estudamos bastante o adversário para saber os pontos fortes, poder neutralizar e explorar bastante também os aspectos negativos”, listou. “O exemplo foi a maneira como jogamos contra o São Paulo e depois contra o Goiás e o Botafogo. São estilos e sistemas de jogo diferentes e a equipe se enquadrou de uma maneira inteligente”.
Gabriel revelou uma reunião entre o elenco que foi o pontapé inicial na reviravolta na competição. “Nós conversamos que o nosso craque não é um jogador ou outro, mas sim o sistema de jogo. O Corinthians sempre foi dessa maneira”, afirmou. “Estamos jogando bem, ficamos alguns jogos sem tomar gols, conseguimos uma virada pela primeira vez no campeonato. A evolução é notória, todo mundo está vendo que estamos melhorando e a performance dentro de campo nos dá confiança para poder sonhar com algo maior”.