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Futuro de greve vai para votação

O futuro da greve do fun­cionalismo público munici­pal, suspensa por dez dias, será definido na noite desta quinta-feira, 20 de abril, em assembleia agendada para as 18 horas, na sede do Sindica­to dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapa­rá e Pradópolis (SSMRPGP). Se aceitarem a proposta do governo Duarte Nogueira (PSDB), o movimento pare­dista chega ao fim.

Caso contrário, existe a possibilidade de dissídio cole­tivo. A suspensão da greve foi anunciada no final da tarde de terça-feira (18), após audiência de conciliação entre a prefeitura e o sindicato, mediada pelo de­sembargador Guilherme Stren­ger, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

A Comissão de Política Sa­larial da prefeitura de Ribeirão Preto manteve a proposta de reajuste de 6% para os servi­dores, referente à correção da inflação acumulada em doze meses medida pelo Índice Na­cional de Preços ao Consumi­dor Amplo (IPCA, indexador oficial de preços no Brasil). Esse percentual foi rejeitado pela categoria em assembleia.

Porém, elevou para 12% o reajuste do vale-alimentação e do auxílio nutricional pago a aposentados e pensionistas do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM). Atual­mente, o vale-refeição dos ser­vidores que cumprem jornada de 40 horas semanais é de R$ 978. Com o aumento de 12%, passaria para R$ 1.095,36, acréscimo de R$ 117,36.

Entretanto, os servidores pedem 20% sobre o tíquete­-alimentação. Neste caso, com o aporte de R$ 195,60, subiria para R$ 1.173,60. Outros itens propostos tratam da equipa­ração do tíquete-alimentação para quem faz jornada de doze por 36 horas e a correção na base de cálculo do auxílio insalubridade.

Pauta
O funcionalismo de Ri­beirão Preto quer reajuste salarial de 16,04% este ano. São 10,25% de aumento real – com base na evolução de cres­cimento da arrecadação mu­nicipal – e mais 5,79% para repor as perdas inflacionárias do ano passado, quando o IPCA fechou em 5,79%.

Data-base
A data-base do funcio­nalismo público ribeirão­-pretano é 1º de março. Os servidores também querem pagamento de abono para to­dos os trabalhadores da ativa e inativos, no valor de R$ 600, pelo período de um ano. A prefeitura não se manifestou sobre este item na audiência.

Ano passado
Ribeirão Preto tem 14.970 servidores na ativa e 6.400 aposentados e pensionistas que recebem benefícios do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM). No ano passado, os servidores tiveram aumento de 10,60%, retroativo a 1º de março (data-base), refe­rente à inflação acumulada em doze meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Insti­tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mesmo percentual in­cidiu sobre o vale-alimenta­ção dos servidores da ativa e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas. Além disso, em dezembro, a prefeitura deu um abono de R$ 500 para cada um dos servidores municipais da ati­va, no vale-refeição. A con­cessão atingiu oito mil tra­balhadores da administração direta e indireta, ao custo de R$ 5 milhões.

Se houver dissídio coleti­vo, será julgado pelo Tribunal de Justiça. Em 8 de abril, Sá­bado de Aleluia, o juiz plan­tonista Nemércio Rodrigues Marques concedeu liminar determinando a manutenção de 100% dos servidores em serviços essenciais do municí­pio e de 60% nos demais seto­res da administração pública.

Liminar
A liminar concedida à pre­feitura determina a manutenção de 100% dos serviços nas áreas da saúde, educação, assistência social, água e esgotos, infraestru­tura e na Divisão de Bem-Estar Animal (DBEA), ligada à Secre­taria de Meio Ambiente.

O magistrado cita em sua decisão, inclusive, escala emergencial de trabalho para evitar danos à população. Em caso de descumprimento da ordem judicial, o juiz estabe­leceu multa diária de R$ 100 mil contra o Sindicato dos Servidores Municipais de Ri­beirão Peto, Guatapará e Pra­dópolis (SSM/RPGP).

A prefeitura havia infor­mado que iria descontar os dias parados. Porém, ficou acordado que as horas não tra­balhadas serão repostas, sem desconto em folha. O caso foi parar no Tribunal de Justiça depois que a juíza Luiza Hele­na Carvalho Pita, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, se declarou incompeten­te para julgar o fato. A prefei­tura informa que a liminar está mantida. O sindicato discorda.

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