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Futura sede de faculdade, Mosteiro São Bento será restaurado

ALFREDO RISK

Um importante espaço his­tórico e cultural de Ribeirão Pre­to será restaurado e ocupado. O antigo Mosteiro São Bento, no Morro do São Bento, que já foi mosteiro, secretarias municipais e hoje está abandonado, se trans­formará em sede de faculdade.

A Faculdade Metropolita­na do Estado de São Paulo, por meio de uma parceria com os Monges Beneditinos Oliveta­nos, levará a sua sede para o an­tigo Mosteiro, após reformas e restaurações que terão início em agosto de 2021.

Antigo Mosteiro São Bento: abandonado. No detalhe os resquícios do incêndio que atingiu o prédio em junho passado – Foto: Alfredo Risk

Para adequar o prédio do mosteiro às operações da fa­culdade, uma ampla reforma será executada, compreenden­do duas principais etapas.

A primeira etapa, que deverá ser concluída até junho de 2021, terá como objetivo a realização de análises técnicas e elaboração de todo o projeto arquitetônico do local, visando à preservação das características históricas do prédio, ao mesmo tempo em que permitirá a criação de espa­ços didáticos e administrativos modernos e totalmente adequa­dos às normas de acessibilidade.

A partir desse minucioso projeto, inicia-se a segunda eta­pa, com a execução das obras propriamente dita.

A previsão é de que as obras sejam concluídas até o final de 2022, criando um espaço para atividades administrativas e acadêmicas da instituição, onde funcionarão os 26 cursos de graduação que se encontram já autorizados ou em processo de autorização junto ao Ministério da Educação (MEC).

Além disso, no espaço estarão também as instalações necessárias ao funcionamento dos mais de 150 cursos de pós-graduação ofertados pela instituição.

“Por meio deste grande em­preendimento, além de se criar um espaço de formação supe­rior de excelência, consolida-se um projeto que presenteia a so­ciedade de Ribeirão Preto com a revitalização do Morro de São Bento, lugar histórico, um ícone na cidade, que carrega boa parte da história dos imigrantes Ita­lianos nessa região e a atuação religiosa dos Monges Benediti­nos Olivetanos”, diz o professor Antonio Marcos Neves Esteca, diretor de operações da Facul­dade Metropolitana do Estado de São Paulo.

Dom Bernardo Maria Bergamin, da Ordem de São Bento Olivetano (segundo da esquerda para direita) ao lado dos diretores da Faculdade Metropolitana, professor Claudio Romualdo, diretor geral (primeiro da esquerda para direita), Elder Borges da Silva, diretor administrativo e Antonio Marcos Neves Esteca, diretor de operações. FOTO: DIVULGAÇÃO/ FACULDADE METROPOLITANA

Faculdade Metropolitana
Com sede em Ribeirão Preto, a Faculdade Metropolitana é uma Instituição de ensino superior de excelência, credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2014 e recredenciada com Nota Máxima (Concei­to Institucional 5) em 2020, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação, nas modalida­des presencial e EaD, contando hoje com mais de 50 mil alunos em todo o país, com polos pró­prios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Campinas, Pirassununga e Franca.

A história do Morro do São Bento
A história do Morro do São Bento tem mais de um século. Foi em agosto de 1907 que o então prefeito interino Rena­to Jardim adquiriu a Chácara Olympia, com 360.413 metros quadrados. Em 1929, a área era conhecida como Morro do Cipó e abrigava a Casa dos Monges, local distante da cidade e de difícil acesso.

 

Mosteiro São Bento foi inaugurado em 20 de julho de 1948 e funcionou até 1997 – FOTOS: ARQUIVO DO MOSTEIRO BENEDITINO OLIVETANO

O local começou a ganhar as características atuais entre as décadas de 1930 e 1940, quando o prefeito Fábio de Sá Barreto em­penhou-se em dotar a chácara de condições e estrutura necessá­rias para tornar aquele local uma área destinada a preservação da flora e fauna nacional.

Em 1937 implantou o Bos­que Municipal e iniciou uma campanha para reunir doações de plantas e animais, inaugu­rando na sequência o Parque Botânico, o Jardim Zoológico, o Orquidário, o Museu Zoológico e o Museu Mineralógico. Em 22 de novembro de 1948, através da lei nº 61, o Bosque Municipal passou a denominar-se Bosque Municipal “Doutor Fábio Barre­to”. No mês seguinte o homena­geado faleceu.

Em 20 de julho de 1948 foi inaugurado o Mosteiro São Bento, que funcionou até 1997. A praça em torno no monumento foi inaugurada em 1953. Pela lei nº 672, de março de 1951, o ca­minho que dá acesso do bosque ao Complexo das Sete Capelas passou a denominar-se Via São Bento. A partir de então o Morro do Cipó passou a ser chamado de São Bento.

Em 1964 foi realizada ceri­mônia de lançamento da pedra fundamental do Teatro Popular (Teatro Municipal). No dia 19 de junho de 1969 o espaço foi inau­gurado, mesmo ano da inaugura­ção do Teatro de Arena. Já a Casa da Cultura “Juscelino Kubitschek” foi inaugurada em 26 de janeiro de 1977. O conjunto compreen­dido pelos prédios dos teatros e da Casa da Cultura, bem como as praças e obras de arte existentes no alto do Morro São Bento foram denominados Complexo Cultural Antônio Palocci em 1987, através da lei nº 520, de 4 de dezembro.

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