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Furacão deixa dois mortos na Flórida

JULIO CESAR CHAVEZ/REUTERS

O Idalia tocou ontem a costa dos Estados Unidos como um furacão de categoria 3, com ven­tos de até 215 quilômetros por hora (km/h), matando duas pes­soas na Flórida, deixando mais de 470 mil moradores sem ener­gia elétrica e provocando inun­dações. As duas mortes foram de motoristas que foram surpre­endidos e sofreram acidentes no meio da tempestade.

Os furacões são medidos em cinco categorias, sendo a 5 a mais forte. Uma tempestade de categoria 3 é a primeira na escala considerada “grande”. Segundo o Centro Nacional de Furacões, uma tempestade de categoria 4 traz “danos catastróficos”.

Os Estados da Geórgia, Ca­rolina do Sul e Carolina do Norte também foram atingidos. Autori­dades estaduais emitiram alertas de emergência. Deanne Criswell, diretora da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), disse que os efeitos da tempestade serão sen­tidos até o fim de semana.

Os residentes da Flórida que vivem em áreas costeiras vulneráveis receberam ordens para saírem de suas casas para escaparem de inundações que poderiam chegar a 16 metros. Muitos, no entanto, se recusa­ram a sair. Na ilha de Cedar Key, dos 800 moradores, pelo menos 100 ficaram para trás.

Parques
O governador da Flórida e pré-candidato presidencial re­publicano, Ron DeSantis, pro­meteu enviar equipes de resgate após a tempestade e decretou es­tado de emergência no Estado. Ele afirmou que o Idalia deve ser o furacão mais forte a atingir a região em mais de um século. O Aeroporto Internacional de Tampa fechou e mais de 900 voos foram cancelados, tanto na Flórida quanto na Geórgia.

O condado de Madison, perto de Tallahassee, impôs um toque de recolher após as 20 ho­ras (hora local). Alguns parques temáticos também foram fecha­dos, como o Disney’s Typhoon Lagoon, o Winter Summerland, o Busch Gardens Tampa Bay e o Adventure Island Tampa Bay. Muitos resorts na região central da Flórida seguiram abertos, mas operam com cautela.

“Os clientes hospedados em nossos hotéis, cujos planos de viagem foram afetados pela tem­pestade, poderão receber uma tarifa com desconto para pro­longar sua estadia até a noite de 31 de agosto, se necessário”, afir­mou a Disney, em comunicado.

Alto risco
Em muitos lugares da Flóri­da, além da falta de luz, o forne­cimento de água também foi in­terrompido. Em Perry, no norte do Estado, os hotéis ficaram lo­tados de pessoas que fugiram da destruição. Muitos moradores, no entanto, não tinham dinhei­ro para pagar um quarto. “Nem todo mundo pode pagar”, disse Amanda Manning, de 42 anos, que optou por ficar em sua casa alugada, mesmo depois que uma árvore caiu e destruiu o telhado.

Além da força dos ventos e da quantidade de água, uma rara superlua se tornou uma das maiores preocupações das autoridades locais. O fenôme­no pode elevar as marés acima do normal, agravando as inun­dações. “O momento é muito ruim”, disse Brian Haines, me­teorologista do Serviço Meteo­rológico Nacional, na Carolina do Sul.

Ajuda federal
O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou uma declara­ção de emergência para a Fló­rida, garantindo ajuda federal para lidar com os estragos do furacão. “Conversei com o go­vernador. Estamos fornecendo tudo o que ele possa precisar”, disse Biden. “Não acredito que alguém possa mais negar o im­pacto da crise climática. Basta olhar em volta. Inundações históricas. Secas mais intensas, calor extremo e incêndios flo­restais significativos causando danos impressionantes.”

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