Tribuna Ribeirão
Política

‘FUNCIONÁRIO-FANTASMA’ – Conselho de Ética nomeia relator

Em reunião no final da tar­de desta terça-feira, 8 de maio, os vereadores que integram o Conselho de Ética da Câmara de Ribeirão Preto escolheram Maurício Vila Abranches (PTB) como relator do processo de in­vestigação da denúncia proto­colada semana passada contra Renato Zucoloto (PP), acusado de manter em seu gabinete um “funcionário-fantasma”.

O suposto funcionário-fan­tasma é o advogado José Apa­recido Nunes Queiroz, assessor direto do vereador, que recebe salário mensal de R$ 8.609,97. Ex- procurador-geral do muni­cípio de Sertãozinho, ele é pro­fessor universitário e membro da Comissão de Administra­ção Pública e Licitações da 12ª Subseção da Ordem dos Advo­gados do Brasil (OAB- Ribei­rão Preto).

Desempenhando a função de assessor jurídico no gabine­te de Zucoloto, Queiroz acom­panha pessoalmente, da galeria da Câmara, todas as sessões do Legislativo. Na semana que vem o Conselho de Ética vai anunciar o cronograma de traba­lhos do processo de investigação da denúncia – o funcionário ci­tado não estaria cumprindo toda a jornada, segundo o advogado Luiz Carlos Graciano, autor da acusação. Zucoloto diz que “a denúncia é abusurda.”

Presidida por Otoniel Lima (PRB), a comissão disciplinar é composta por André Trinda­de (DEM), Marinho Sampaio (MDB), Jorge Parada (PT) e Maurício Vila Abranches (PTB). Esta é a segunda denún­cia contra Zucoloto que chega ao Conselho de Ética da Câ­mara. Em agosto do ano pas­sado, ele foi acusado de queda de decoro parlamentar. Isaac Antunes (PR), relator do caso, recomendou o arquivamento. Os parlamentares conselheiros acataram o pedido e livraram o colega de Legislativo da cassa­ção do mandato.

A investigação foi aberta após representação protoco­lada na Câmara também por Graciano, depois que um vídeo da sessão em homenagem ao Dia das Mães, em 4 de maio, com uma declaração polêmica de Zucoloto, viralizou na inter­net. Na gravação, ele disse que a mãe, de 75 anos, havia feito boca de urna no dia da eleição em frente ao Colégio Marista, e quase foi presa ao ser flagrada por um juiz eleitoral, que teria feito vistas grossas por se tratar de uma senhora idosa. Depois o vereador afirmou que tudo não passou de uma brincadeira e o caso foi arquivado porque, mesmo que houvesse crime, ocorreu antes do mandato.

Questionada pelo Tribuna sobre como a Câmara fiscali­za o cumprimento do horário de trabalho dos 135 assessores dos 27 gabinetes, a assessoria de imprensa do Legislativo encami­nhou a seguinte nota: “Cumpre ressaltar que cabe aos vereadores monitorar a frequência de tra­balho dos comissionados, con­forme resolução n° 155, de 25 de fevereiro de 2011 e que, havendo desvio de conduta, a mesma será amplamente investigada e exemplarmente punida”.

Diz ainda que “a carga ho­rária é aquela estabelecida no artigo 110, inciso VII, da Lei Orgânica do Município (até oito horas diárias e 40 horas semanais)”. Por fim, a Mesa Diretora afirma que “todas as denúncias neste ano apresen­tadas foram prontamente enca­minhadas aos departamentos e gabinetes responsáveis, assim como ao Conselho de Ética, a fim de dar celeridade e transpa­rência às apurações”.

Postagens relacionadas

Junqueira recorre à 108ª Zona Eleitoral

Redação 1

Haddad comemora crescimento do PIB superior ao projetado

William Teodoro

Comissão notifica vereador do PSOL

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com