Tribuna Ribeirão
Economia

Frio influencia preços de frutas e hortaliças

O frio tem causado impac­tos nos preços de frutas e hor­taliças comercializadas no país. É o que mostra o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Mo­dernização do Mercado Horti­granjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira, 20 de julho, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O boletim analisa a comer­cialização exercida nos entre­postos públicos de hortigran­jeiros das principais centrais de abastecimentos (Ceasas) do país, localizadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janei­ro, Vitória, Curitiba, São José (SC), Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco.

Segundo a Conab, o im­pacto tem sido observado na demanda e na oferta dos pro­dutos, de forma a reduzir pre­ços de produtos muito presen­tes nas mesas dos brasileiros, como alface, cenoura e tomate, bem como nas cotações de la­ranja, mamão e melancia.

“No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma dimi­nuição também na quantidade de produto encontrado nos mer­cados analisados. Isso porque a demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com tem­peraturas mais baixas, o que não permitiu a reação dos preços da folhosa”, explica a Conab.

No caso da cenoura e do tomate, o controle de oferta não impediu o menor valor de comercialização das hortaliças. “Com a permanência do frio, o desenvolvimento dos dois pro­dutos tende a ser mais demora­do, o que pode exercer pressão de alta nos preços em julho”, ex­plicou a companhia.

As baixas temperaturas também refletiram em uma menor demanda de frutas como laranja, melancia e ma­mão, influenciando nos preços mais baixos na média. Tanto no caso da alface como no do mamão, o maior percentual de queda foi registrado na Ceasa de Goiânia. As reduções fica­ram em 26,7% e 33,99%.

Batata e maçã em alta
Já os preços médios para ba­tata e maçã subiram. A alta da batata se deve a uma menor en­trada do produto nos mercados atacadistas. No caso da maçã, houve aumento “mesmo em meio à diminuição da demanda nos principais centros consu­midores em virtude do frio, do início das férias escolares e tam­bém das festividades juninas no mês de junho, que acabaram por impactar as vendas no atacado”, justificou a Conab.

“Entretanto, mesmo com o mercado lento, os preços subi­ram por causa do grande con­trole de oferta que possuem as companhias classificadoras mediante o uso das câmaras frias, estruturas que aumentam o período de conservação da fruta”, acrescentou. As varia­ções de preços da banana e da cebola foram pequenas dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada.

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