Tribuna Ribeirão
Esportes

FPF nega pedido do Comercial de suspensão da penhora das cotas durante a pandemia

RAFAEL ALVES/COMERCIAL FC

Buscando se reinventar para manter as contas em dia, a diretoria do comercial está tentando fontes “alternativas” de renda durante a pandemia do novo coronavírus. A última tentativa foi buscar o desblo­queio das cotas pagas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) – os valores são penhorados por conta de dívidas trabalhis­tas que o clube possui. Porém, o pedido não foi aceito.

Segundo Ademir Chiari, presidente do Comercial, a libe­ração deste dinheiro ajudaria o clube nos próximos meses. En­tretanto, o mandatário alvinegro ressaltou que o pedido não foi aceito pela federação.

“Eu até pensei, o Comercial precisava receber duas parcelas que seria de abril e maio da cota do campeonato. Mas como isso fica tudo penhorado, tínhamos até pensado em, de repente, a federação liberar pelo menos esses dois meses para o Co­mercial, livrar dessa penhora e liberar esse dinheiro para o clu­be para podermos nos manter esses meses que vai continuar com portões fechados”, afir­mou Chiari em entrevista ao programa Wsports News.
“Acredito que seja difícil, o Reinaldo (presidente da Fede­ração Paulista de Futebol) disse que seria impossível até juridi­camente e ele não poderia fazer isso”, concluiu Chiari.

Dívidas do Leão do Norte
Segundo Fabio Hersi, pre­sidente do Conselho Delibera­tivo do Comercial, a dívida do Alvinegro da Joia gira em torno de R$ 20 milhões. Os débitos trabalhistas, que implicam na penhora de valores arrecada­dos pelo clube, estão na casa dos R$ 7 milhões.

Em entrevista ao site glo­boesporte.com, Hersi reiterou que as dívidas trabalhistas pre­ocupam e prejudicam mais o andamento das finanças do Co­mercial. O dirigente também sa­lientou que as penhoras afastam possíveis patrocinadores.

“A dívida fiscal é alta, mas você pode parcelar em vários anos, pode parcelar em 30 anos no Refis (refinanciamento fis­cal) e depois consegue fazer certidão negativa de débito. No fiscal não faz pedido de penho­ra, o processo fica parado. A trabalhista é mais difícil, pois tem juros de 1% ao mês, tem atualizações, o valor aumenta rápido. Nas outras, não. E tra­balhista eles penhoram tudo, bloqueiam direto”, disse Hersi.

“Vamos pensar como um empresário. Quero investir no clube, por minha marca, mas aí chega um documento na mi­nha empresa pedindo penho­ra do valor que eu forneço ao clube, com oficial de justiça na minha porta, fica complicado. A maioria das marcas que nós temos hoje na camisa é de pes­soas que trocam serviços com a gente. É permuta. Não é valor em dinheiro”, finalizou.

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