Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

Fotolog está de volta com a proposta de “promover conexões reais”

O Fotolog é um dos sites que muita gente considera como um dos precursores das redes sociais. No início dos anos 2000, o “Flog”, como era apelidado aqui no Brasil, se tornou uma verdadeira febre com um espaço no qual se postaram fotos, era possível trocar comentários e seguir outras pessoas. Isso aconteceu antes Orkut, por sinal, com o Fotolog surgindo em 2003, enquanto o Orkut chegou no ano seguinte. Contudo, com a chegada de plataformas que se tornaram realmente rede sociais, o Fotolog caiu no ostracismo o que fez com que a empresa desligasse a ferramenta em janeiro de 2016.

Contudo, aos “viúvos” do Fotolog, aqui vai uma boa notícia: a plataforma está de volta agora em 2018. Em comunicado oficial no site da empresa, o Fotolog se posiciona como uma ferramenta da mudança para o cenário das redes sociais.

Para quem ainda mantinha sua antiga conta ativa, pode ficar tranquilo que o time garante que todas as fotos ainda estão lá, da mesma forma. De acordo com o comunicado, agora há uma nova equipe, com uma nova empresa e assim, novos ideais.

“Começamos o Fotolog, para construir uma rede social diferente, uma BOA rede social que tem como prioridade o bem-estar dos usuários; em defesa de uma maneira saudável e mais profunda de se usar uma rede social; e para promover conexões reais entre nós, em vez de conexões geradas por algoritmos”, diz uma carta aberta da empresa assinada pela equipe, composta por sete pessoas.

Com isso, eles informam que a rede se mantém muito parecida com a proposta original: “Uma publicação por dia. Exatamente, só uma”, a equipe coloca como regra básica. A proposta é impedir que haja uma quantidade de conteúdos maior do que o usuário consegue consumir, o que consideram “consumo infinito e banal”. “Queremos acabar com o excesso de publicações que pressiona a busca pela validação de outros e, em vez disso, queremos ajudar na apreciação de cada momento que represente o melhor (ou o pior) do seu dia”, critica.

A nova equipe conta que ficou sabendo do fim da rede no ano passado e não queria o legado do “avô do Instagram” fosse esquecido. Eles contam que, depois de “muito esforço”, conseguiram assumir o controle da rede social e dar um novo propósito à plataforma. Entretanto, não deixam claro com se deu esta negociação.

Para além da forma como se usa internet, a empresa também direciona a mudança para o modelo de negócio das atuais redes sociais. Ou seja, a captação de dados que são convertidos em mecanismos mais refinados de anúncios. “Queremos acabar com o uso excessivo das redes sociais onde nossos dados pessoais acabam usados por anunciantes para propagar seus interesses e, inclusive, desinformação e mentiras”, explica o time.

A equipe ainda diz que considera a volta apenas um experimento, ainda colocando em prática um modelo de negócio que não leva em consideração grande quantidade de dados para oferta de propaganda. Contudo, o Fotolog ainda não revelou como pretendem manter a rede social nos dias de hoje.

Atualmente, a rede conta com 2 milhões de usuários em mais de 100 países, ainda que boa parte desse número represente usuários antigos, que já não atualizam mais seus Fotologs há muito tempo. Contudo, “juntos, talvez, possamos mudar as redes sociais”, acredita a plataforma.

Fonte: Fotolog

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