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Fotógrafa será levada a júri popular 

Brenda Caroline Pereira Xavier é acusada de assassinar o namorado; responde por homicídio qualificado triplamente qualificado e fraude processual 

Brenda Caroline está presa preventivamente desde 4 de abril, quando se apresentou à Polícia Civil acompanhada do advogado Alexandre Durante (Alfredo Risk/Arquivo)

A Justiça de Ribeirão Preto decidiu que a vendedora e fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier, de 29 anos, acusada de assassinar o namorado, o corretor de imóveis Carlos Felipe Camargo da Silva, da mesma idade, em 3 de março, no Ribeirão Verde, bairro da Zona Leste de Ribeirão Preto, será levada a júri popular por homicídio triplamente qualificado e fraude processual por ter alterado a cena do crime.

A data do júri não foi definida e a defesa, representada pelo advogado Alexandre Durante, diz que vai recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O corretor foi atingido por oito golpes de faca entre a cintura e o pescoço, segundo laudo oficial.

Chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Brenda Caroline está presa desde 4 de abril, quando se apresentou à Polícia Civil acompanhada do advogado A prisão preventiva foi decretada no dia 3 de abril pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, da 2ª Vara Criminal de Ribeirão Preto,

Foi detida por quatro motivos: comportamento agressivo comprovado durante a investigação; alteração da cena crime  – limpou a casa onde o casal morava e local do crime –, “excesso doloso” no número de facadas desferidas – a ré diz que foram três, laudo apontou nove, descartando a legítima defesa – e possibilidade de fuga, já que ela não se apresentou logo após o crime.

Alexandre Durante, advogado de Brenda Caroline Xavier, alega que a acusada sofreu constrangimento ilegal com a prisão e era vítima constante de violência doméstica, inclusive sofrendo fratura no nariz e na costela no dia da morte de Carlos Felipe Camargo da Silva. Também alega que sua cliente é ré primária, possui domicílio, emprego e compareceu espontaneamente à delegacia

O desembargador Klaus Marouelli Arroyo, da 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, já negou habeas corpus a Brenda Caroline. O magistrado entende que faltavam elementos para a concessão da liminar. Ao negar o pedido da defesa, contudo, encaminhou o recurso para análise do Órgão Especial do TJSP.

O delegado Rodolfo Latif Sebba disse que, além do número excessivo de facadas, a Polícia Civil também considerou as regiões do corpo da vítima onde os golpes foram desferidos. José Roberto Bernardi Liberal acatou o pedido feito pela Polícia Civil e endossado pelo promotor Marcus Túlio Nicolino. 

Rodolfo Latif Sebba indiciou a acusada por homicídio. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou a suspeita por homicídio doloso triplamente qualificado por motivo fútil, premeditação e sem dar chance de defesa à vítima. Em depoimento, a vendedora admitiu ter matado o namorado em legítima defesa.

O delegado já havia descartado essa tese. A família de Silva questionava o desaparecimento do celular, da carteira e do notebook do rapaz e, nove dias depois do crime, dois dos três pertences foram entregues à polícia. O material passou por pericia.

Segundo informações, a família de Brenda Caroline Pereira Xavier encontrou a carteira e o celular na casa onde ocorreu o homicídio. O computador não foi localizado. O celular de Brenda Caroline passará por nova perícia. Seguindo a Polícia Civil, mensagens foram apagadas após o crime.

 

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