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Foto: Orlando Brito morre aos 72 anos

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

O fotógrafo Orlando Brito morreu nesta sexta-feira, 11 de março, em Brasília, de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado havia algumas se­manas e passou por cirurgia no intestino, mas não resistiu. Nas­ceu em 8 de fevereiro de 1950 em Janaúba, Minas Gerais.

Brito morreu de madrugada no Hospital Regional de Tagua­tinga (HRT), onde estava in­ternado na unidade de terapia intensiva (UTI) havia 34 dias. O profissional é um dos mais reconhecidos fotógrafos políti­cos do Brasil, tendo registrado os bastidores do poder desde a época da ditadura militar.

Orlando Brito chegou a Brasília no início da construção da cidade, em 1957. Entre os te­mas de seu trabalho estão tam­bém economia, questões so­ciais, terra, indígenas e eventos esportivos. Ele viajou para mais de 60 países em coberturas pre­sidenciais, viagens de papas e eventos esportivos, como copas do mundo e Jogos Olímpicos.

Autodidata, começou a tra­balhar como laboratorista da sucursal do jornal carioca Últi­ma Hora aos 14 anos de idade e passou a fotografar dois anos mais tarde. Entre 1968 e 1982 trabalhou no jornal O Globo. Depois, foi contratado pela Veja, onde ficou por 16 anos e ocupou a editoria de fotografia.

Trabalhou também no Jor­nal do Brasil, no Rio de Janeiro. Brito tem publicados os livros de fotografia “Perfil do Poder” (1982), “Senhoras e Senhores” (1992), “Poder, Glória e Soli­dão” (2002), “Iluminada Capi­tal” (2003) e “Corpo e Alma” (2006). Ganhou o prêmio World Press Photo, do Museu Van Gogh de Amsterdã, na Ho­landa, em 1979.

Por onze vezes recebeu o Prêmio Abril de Fotografia, inclusive o de hors-concours. Recebeu a distinta Bolsa de Fo­tografia da Fundação Vitae, de São Paulo, em 1991, além dos prêmios de Aquisição da I Bie­nal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Bienal Internacional de Foto­grafia de Curitiba.

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