O fotógrafo Orlando Brito morreu nesta sexta-feira, 11 de março, em Brasília, de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado havia algumas semanas e passou por cirurgia no intestino, mas não resistiu. Nasceu em 8 de fevereiro de 1950 em Janaúba, Minas Gerais.
Brito morreu de madrugada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) havia 34 dias. O profissional é um dos mais reconhecidos fotógrafos políticos do Brasil, tendo registrado os bastidores do poder desde a época da ditadura militar.
Orlando Brito chegou a Brasília no início da construção da cidade, em 1957. Entre os temas de seu trabalho estão também economia, questões sociais, terra, indígenas e eventos esportivos. Ele viajou para mais de 60 países em coberturas presidenciais, viagens de papas e eventos esportivos, como copas do mundo e Jogos Olímpicos.
Autodidata, começou a trabalhar como laboratorista da sucursal do jornal carioca Última Hora aos 14 anos de idade e passou a fotografar dois anos mais tarde. Entre 1968 e 1982 trabalhou no jornal O Globo. Depois, foi contratado pela Veja, onde ficou por 16 anos e ocupou a editoria de fotografia.
Trabalhou também no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro. Brito tem publicados os livros de fotografia “Perfil do Poder” (1982), “Senhoras e Senhores” (1992), “Poder, Glória e Solidão” (2002), “Iluminada Capital” (2003) e “Corpo e Alma” (2006). Ganhou o prêmio World Press Photo, do Museu Van Gogh de Amsterdã, na Holanda, em 1979.
Por onze vezes recebeu o Prêmio Abril de Fotografia, inclusive o de hors-concours. Recebeu a distinta Bolsa de Fotografia da Fundação Vitae, de São Paulo, em 1991, além dos prêmios de Aquisição da I Bienal de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e da Bienal Internacional de Fotografia de Curitiba.