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FORTALEZA DE 1737 SERÁ RESTAURADA

Fernando de Noronha, um dos paraísos naturais e símbolos da identidade brasileira, receberá um importante presente em 2018. Na última quinta-feira, 21 de de­zembro, foi assinada a ordem de serviço para início das obras de restauração da Fortaleza de Nos­sa Senhora dos Remédios, a maior entre todo o sistema fortificado que compõe o conjunto histórico do arquipélago.

A intervenção será realizada pelo Instituto do Patrimônio His­tórico e Artístico Nacional (Iphan), com recursos de R$ 10,2 milhões, destinados a uma completa res­tauração do edifício, além da implantação de áreas voltadas a novos usos, como lojas, cafés, livrarias e outros espaços de uso cultural, a fim de que parte da ren­da obtida ali venha a ser revertida para a futura conservação do bem.

A assinatura da ordem de ser­viço contou com a presença do di­retor do Iphan, Robson de Almeida, da superintendente do Iphan em Pernambuco, Renata Borba, e do administrador de Fernando de Noronha, Luis Eduardo Antunes. A Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios foi construída por por­tugueses ainda em 1737, sobre a ruína de um antigo fortim holan­dês. A edificação foi tombada pelo Iphan ainda na década de 1960 e a última intervenção foi em 2012, quando foi feita uma obra de con­solidação emergencial das mura­lhas e coberturas.

O conjunto tem área de 6.300 metros quadrados, 45 metros acima do nível do mar. De planta poligonal orgânica (adaptada ao terreno), possuía seis baterias e edificações de serviço (casa do co­mandante, quartel da tropa, corpo da guarda, casa da palamenta, ca­pela, calabouços e cisterna).

A ilha foi ocupada por forças da Companhia Francesa das Ín­dias Ocidentais, sob o comando do capitão Lesquelin, no final de 1736. Em outubro de 1737, foram expulsas, sem resistência, por tro­pas portuguesas sob o comando do tenente-coronel João Lobo de Lacerda, que deram início à cons­trução do chamado Forte dos Re­médios, com projeto do engenhei­ro militar Diogo da Silveira Veloso, sob a direção do próprio Lacerda.

Em alvenaria de pedra e cal, a planta recebeu a forma de um polígono irregular orgânico com 14 ângulos (nove salientes e cinco reentrantes), quatro edificações ao centro do terrapleno e baterias corridas. Esta estrutura sofreu obras de ampliação a partir de 1741, quando passou a contar com seis baterias. Em 1877 o local ser­viu de cadeia. A partir de 1885 foi armada com 18 canhões, que até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) ainda estavam no forte.

A fortaleza virou selo postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em 1975 e passou por restaurações no final do século passado, quando ganhou nova ilu­minação com recurso da iniciativa privada. Em 1987 foi realizado um levantamento arquitetônico, com planta baixa e cortes, dentro do escopo do projeto “Atlas Arqueoló­gico de Fernando de Noronha”.

Palácio de São Miguel – Tam­bém na quinta-feira, 21 de dezem­bro, os representantes do Iphan visitaram o Palácio de São Miguel, sede administrativa de Fernan­do de Noronha (PE). O edifício, que será inaugurado no dia 28, foi restaurado pela Administração do Distrito Estadual, que realizou intervenções na cobertura, tacos originais do piso, escadaria, vitrais e móveis integrados. Assim como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios, o Palácio de São Miguel também é parte do Conjunto His­tórico do Arquipélago de Fernando de Noronha.

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