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Forças Armadas vão combater incêndios

BRUNO KELLY/REUTERS

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou, na tarde desta sexta-feira, 23 de agosto, decre­to que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decre­to de Garantia da Lei e da Or­dem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conserva­ção ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Segundo o texto, que já foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um territó­rio que abrange a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão.

De acordo com o decreto, o período de emprego das For­ças Armadas no combate aos incêndios vai deste sábado (24) a 24 de setembro. Estão previs­tas ações preventivas e repres­sivas contra delitos ambientais e levantamento e combate de focos de incêndio. Conforme o texto, as operações deverão ocorrer em articulação com os órgãos de segurança pública e órgãos e entidades de proteção ambiental.

O governador de Roraima, Antonio Denarium, que chegou a participar da reunião ministe­rial que definiu o uso das Forças Armadas, disse a jornalistas, no Palácio do Planalto, que já assi­nou o pedido para que militares combatam incêndios no estado. Denarium afirmou que, hoje, os estados da região não têm con­dições de combater sozinhos os incêndios florestais.

“Por isso, estamos solicitan­do ajuda do governo federal, para que, em parceria com o estado, com o Corpo de Bom­beiros Militar e o Corpo de Bombeiros Civil, fazer o com­bate aos incêndios que estão em toda a Região Norte.” Ele disse que outros governadores da re­gião também deverão solicitar o apoio. Uma reunião entre gover­nadores da região e o presidente da República está prevista para a próxima terça-feira (27), em Brasília, informou Denarium.

O governador do Pará, Hel­der Barbalho (MDB), disse que todos os Estados da região da Amazônia Legal concordaram em solicitar ao governo Bolsona­ro o envio das Forças Armadas para combater focos de incêndio e crimes ambientais. Segundo ele, uma carta foi aprovada pelos governadores. Depois, cada Es­tado terá de formalizar o pedido ao governo federal.

O governo não informou o número de militares que pode­rão ser empregados nas ações de combate aos incêndios. Pelo decreto, caberá ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo, de­finir a “alocação dos meios dis­poníveis e os comandos que se­rão responsáveis pela operação”. Desde 1º de janeiro até terça­-feira (20), foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% em re­lação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Pro­grama Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que contabiliza esses da­dos desde 2013.

Ibama
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos In­cêndios Florestais (Prevfogo) a contratar brigadas federais para atuar em mais de 60 municípios de Estados da região amazônica atingidos por queimadas. A por­taria com a decisão está publica­da no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira e tam­bém libera a contratação desses profissionais para atuar em in­cêndios florestais em cidades de outros Estados do País.

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