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Força-tarefa retira 35 animais de APP

A força-tarefa coordenada pelo Ministério Público Estadu­al (MPE) retornou nesta quarta­-feira, 29 de novembro, ao ferro­-velho instalado irregularmente e ilegalmente em Área de Pre­servação Permanente (APP) na avenida Marechal Costa e Silva, no Parque Industrial Tanqui­nho, na Zona Norte, e constatou que o arrendatário Ivair Belar­mino não havia retirado os 20 porcos, dez cães, cinco bovinos e o material de sucata que seria vendido no local. Ele já havia sido notificado e autuado na sexta-feira (24), quando a blitz para combater o furto de fiação foi deflagrada.

Segundo o promotor Naul Felca, a pedido do próprio dono dos animais, foi concedido um prazo até terça-feira (28) para remoção dos porcos e cães, das carcaças de carros e da sucata que estava acumulada no ter­reno, a menos de 30 metros do córrego, uma faixa restrita. O depósito já havia sido lacrado pelo Departamento de Fiscali­zação Geral da Secretaria Mu­nicipal da Fazenda porque não tem alvará de funcionamento nem Auto de Vistoria do Cor­po de Bombeiros (AVCB). O arrendatário também admitiu ter feito uma ligação clandesti­na de água, e o Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) retirou o “gato”.

Foram apreendidos fios de cobre e encaminhados à Polícia Civil, que investigará a origem do produto. Segundo Naul Fel­ca, os animais foram levados para a sede da Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cbea) e o proprietário terá de pagar taxa e transporte para retirá­-los. Os produtos também fo­ram confiscados. Belarmino foi levado para a Central de Fla­grantes. Felca diz que também vai notificar o dono da área, apesar de ainda não saber se o terreno é público ou particular.

Foram lavradas novas mul­tas administrativas e o dono da propriedade vai responder a inquérito criminal ao lado do arrendatário, que também foi indiciado por crime de desobe­diência. Ele diz que está na área há 20 dias e não vendeu nenhum produto. “Por se tratar de APP, ja­mais poderia acomodar aqui esse material e os animais”, diz o pro­motor. Ele também pediu à Com­panhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) uma análise para checar se houve contaminação do solo. A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) acompanhou a opera­ção para remoção dos veículos. Durante a operação, um senhor começou a jogar lixo no córrego e foi advertido pelo promotor Naul felca. Ele teve de recolher o material, “supervisionado” pela Polícia Militar.

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