Além de todos os danos ambientais que as queimadas vêm causando por todo o país nos últimos meses, essa prática também tem trazido transtorno para o fornecimento de energia em diversos municípios atendidos pela CPFL Paulista. Um levantamento feito pelo Centro de Operações da distribuidora mostra que em 64% das 234 cidades da sua área de atuação (151) tiveram interrupções causadas por queimadas.
Os registros chegam a 948 casos entre os meses de junho e agosto de 2020.
Na região de Ribeirão Preto e Franca, foram contabilizadas 282 interrupções no fornecimento de energia causadas por queimadas, mais de 23 por semana. Das 66 cidades atendidas pela companhia, 77% delas (51) tiveram clientes afetados pelos efeitos das queimadas na rede de transmissão e distribuição de energia.
No ranking de municípios com mais interrupções entre junho e agosto na região, Ribeirão Preto segue em primeiro lugar com 61 ocorrências. No levantamento anterior, divulgado em 14 de julho e que abrange o período entre 1º de janeiro e 15 de junho, foram registradas 111 ocorrências na cidade, uma a cada 36 horas.
Somente neste período, o total de queimadas em Ribeirão Preto, aonde a concessionária atende cerca de 310 mil clientes – são mais 4,3 milhões de unidades consumidoras em outros 233 municípios do Estado de São Paulo –, já representa 56,9% do total do ano passado inteiro, quando foram constatados 195 incêndios. Em 2019, porém, a incidência deste tipo de ocorrência caiu 10,1% na comparação com o período anterior – em 2018, foram 217 casos, 22 a mais.
Barretos ocupa a segunda posição com 27 casos e Monte Alto e Olímpia ficam em terceiro na lista com 14 registros. Bebedouro tem 13. Já na região de Franca, no ranking de municípios com mais interrupções entre junho e agosto, a cidade-sede registrou 23 ocorrências, ficando em primeiro lugar. Ituverava ocupa a segunda posição com nove casos e Nuporanga é o terceiro da lista com sete registros.
Quando uma queimada é realizada sem a autorização dos órgãos ambientais competentes e de forma irresponsável, o fogo muitas vezes sai do controle e atinge áreas habitadas, de preservação e redes de transmissão e distribuição de energia. Nesses casos, o fornecimento fica prejudicado, causando transtornos aos clientes da CPFL Paulista.
Nessas situações, o trabalho das equipes de manutenção da companhia fica dificultado por conta do fogo, que precisa ser combatido pelos bombeiros para que os trabalhos possam ser iniciados. Dependendo da queimada, esse combate às chamas pode levar horas, elevando ainda mais o tempo que a população fica sem energia e os eletricistas sem poder reparar a rede por motivos de segurança.
Em caso de falta de energia, ou de incêndio sob a rede elétrica, a população deve entrar em contato com os canais de atendimento da CPFL Paulista, que são o web móbile (www. cpfl.com.br – acesso via smartphone), app “CPFL Energia” (disponível para smartphones Android ou iOs), agência virtual (www.cpfl.com.), SMS (enviar para 27351) e call center (0800 010 1010 – ligação gratuita, 24 horas por dia).
Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Florestal e o Corpo de Bombeiros. Se for às margens de uma rodovia, ou próximo de uma rede elétrica avise também a concessionária ou órgão estadual responsável. O grupo CPFL Energia, por meio da campanha Guardião da Vida, incentiva a discussão sobre o tema, a fim de promover uma reflexão sobre as atitudes que poderiam ser evitadas, reduzindo transtornos e até salvando vidas.
Na estiagem, a pouca umidade, a vegetação baixa e os ventos fortes são fatores que podem provocar incêndios. Além disso, até mesmo uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também pode colocar em risco o fornecimento de energia, atingindo os cabos elétricos, desligando a rede e provocando prejuízos para os todos, além de danos ao meio ambiente e à segurança da população.
Legislação
Proibidas em algumas áreas municipais, as queimadas são autorizadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sob critérios técnicos que impedem a propagação do fogo além dos limites estabelecidos. Em situações especiais, o instituto pode proibir queimada, o que não impede que ela ocorra de forma ilegal, provocando incêndios florestais.
Uma das medidas que devem ser respeitadas pelos produtores no cultivo é o respeito às faixas de servidão, que são os corredores de 30 ou 40 metros de largura localizados embaixo das linhas de transmissão, nos quais não é permitido o plantio.
Dicas da CPFL
– Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas
– Faça “aceiros” para controlar o fogo – Respeite a “faixa de servidão” ao realizar o plantio
– Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios
– Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamentos das rodovias. Muitos incêndios surgem desse ato
INTERRUPÇÕES CAUSADAS POR QUEIMADAS
REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO – JUNHO A AGOSTO DE 2020
MUNICÍPIO……………………………….TOTAL RIBEIRÃO PRETO………………………….61 BARRETOS…………………………………..27 MONTE ALTO………………………………..14 OLÍMPIA……………………………………..14 BEBEDOURO………………………………..13
INTERRUPÇÕES CAUSADAS POR QUEIMADAS
REGIÃO DE FRANCA – JUNHO A AGOSTO DE 2020 MUNICÍPIO……………………………….TOTAL FRANCA………………………………………23 ITUVERAVA………………………………….9 NUPORANGA……………………………….7 BATATAIS…………………………………….6 IGARAPAVA………………………………….5