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Fogo e falta de energia elétrica

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Além de todos os danos ambientais que as queimadas vêm causando por todo o país nos últimos meses, essa práti­ca também tem trazido trans­torno para o fornecimento de energia em diversos muni­cípios atendidos pela CPFL Paulista. Um levantamento feito pelo Centro de Opera­ções da distribuidora mostra que em 64% das 234 cidades da sua área de atuação (151) tiveram interrupções causa­das por queimadas.

Os registros chegam a 948 casos entre os meses de junho e agosto de 2020.

Na região de Ribeirão Preto e Franca, foram contabilizadas 282 interrupções no forneci­mento de energia causadas por queimadas, mais de 23 por se­mana. Das 66 cidades atendi­das pela companhia, 77% delas (51) tiveram clientes afetados pelos efeitos das queimadas na rede de transmissão e distri­buição de energia.

No ranking de municípios com mais interrupções entre junho e agosto na região, Ri­beirão Preto segue em primei­ro lugar com 61 ocorrências. No levantamento anterior, di­vulgado em 14 de julho e que abrange o período entre 1º de janeiro e 15 de junho, foram registradas 111 ocorrências na cidade, uma a cada 36 horas.

Somente neste período, o total de queimadas em Ribei­rão Preto, aonde a concessio­nária atende cerca de 310 mil clientes – são mais 4,3 milhões de unidades consumidoras em outros 233 municípios do Estado de São Paulo –, já re­presenta 56,9% do total do ano passado inteiro, quando foram constatados 195 incêndios. Em 2019, porém, a incidência deste tipo de ocorrência caiu 10,1% na comparação com o período anterior – em 2018, foram 217 casos, 22 a mais.

Barretos ocupa a segunda posição com 27 casos e Mon­te Alto e Olímpia ficam em terceiro na lista com 14 regis­tros. Bebedouro tem 13. Já na região de Franca, no ranking de municípios com mais inter­rupções entre junho e agosto, a cidade-sede registrou 23 ocor­rências, ficando em primeiro lugar. Ituverava ocupa a segun­da posição com nove casos e Nuporanga é o terceiro da lista com sete registros.

Quando uma queimada é realizada sem a autorização dos órgãos ambientais compe­tentes e de forma irresponsá­vel, o fogo muitas vezes sai do controle e atinge áreas habita­das, de preservação e redes de transmissão e distribuição de energia. Nesses casos, o forne­cimento fica prejudicado, cau­sando transtornos aos clientes da CPFL Paulista.

Nessas situações, o trabalho das equipes de manutenção da companhia fica dificultado por conta do fogo, que precisa ser combatido pelos bombeiros para que os trabalhos possam ser iniciados. Dependendo da queimada, esse combate às cha­mas pode levar horas, elevando ainda mais o tempo que a popu­lação fica sem energia e os eletri­cistas sem poder reparar a rede por motivos de segurança.

Em caso de falta de energia, ou de incêndio sob a rede elé­trica, a população deve entrar em contato com os canais de atendimento da CPFL Paulista, que são o web móbile (www. cpfl.com.br – acesso via smar­tphone), app “CPFL Energia” (disponível para smartpho­nes Android ou iOs), agência virtual (www.cpfl.com.), SMS (enviar para 27351) e call cen­ter (0800 010 1010 – ligação gratuita, 24 horas por dia).

Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Flo­restal e o Corpo de Bombei­ros. Se for às margens de uma rodovia, ou próximo de uma rede elétrica avise também a concessionária ou órgão es­tadual responsável. O grupo CPFL Energia, por meio da campanha Guardião da Vida, incentiva a discussão sobre o tema, a fim de promover uma reflexão sobre as atitudes que poderiam ser evitadas, redu­zindo transtornos e até sal­vando vidas.

Na estiagem, a pouca umi­dade, a vegetação baixa e os ventos fortes são fatores que podem provocar incêndios. Além disso, até mesmo uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também pode colocar em risco o forne­cimento de energia, atingindo os cabos elétricos, desligando a rede e provocando prejuízos para os todos, além de danos ao meio ambiente e à seguran­ça da população.

Legislação
Proibidas em algumas áreas municipais, as queimadas são autorizadas pelo Instituto Bra­sileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sob critérios técnicos que impedem a propagação do fogo além dos limites estabele­cidos. Em situações especiais, o instituto pode proibir quei­mada, o que não impede que ela ocorra de forma ilegal, pro­vocando incêndios florestais.

Uma das medidas que de­vem ser respeitadas pelos pro­dutores no cultivo é o respeito às faixas de servidão, que são os corredores de 30 ou 40 me­tros de largura localizados em­baixo das linhas de transmis­são, nos quais não é permitido o plantio.

Dicas da CPFL
– Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas
– Faça “aceiros” para controlar o fogo – Respeite a “faixa de servidão” ao realizar o plantio
– Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios
– Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamen­tos das rodovias. Muitos incêndios surgem desse ato

INTERRUPÇÕES CAUSADAS POR QUEIMADAS
REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO – JUNHO A AGOSTO DE 2020
MUNICÍPIO……………………………….TOTAL RIBEIRÃO PRETO………………………….61 BARRETOS…………………………………..27 MONTE ALTO………………………………..14 OLÍMPIA……………………………………..14 BEBEDOURO………………………………..13

INTERRUPÇÕES CAUSADAS POR QUEIMADAS
REGIÃO DE FRANCA – JUNHO A AGOSTO DE 2020 MUNICÍPIO……………………………….TOTAL FRANCA………………………………………23 ITUVERAVA………………………………….9 NUPORANGA……………………………….7 BATATAIS…………………………………….6 IGARAPAVA………………………………….5

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