Tudo é aprendizado. As mínimas coisas – passageiras ou não, sempre deixam marcas, boas ou ruins. O importante é saber extrair os ensinamentos que nos proporcionam e lhes dar o devido valor.
Um ano de pandemia, por incrível que pareça, já nos ensinou o suficiente para valorizar a vida, as amizades, o trabalho, a família – especialmente. Mas, nem todos pensam assim. Por isso os comportamentos são diversos. Depois de milhares de doentes e mortos, há quem ainda se sinta motivado para comemorações de toda ordem, como se tudo que tem ocorrido não fosse do nosso mundo.
São insensíveis, a ponto de mostrarem ignorar o que nos envolve. Quando provocados reagem de forma surpreendente, como aquele que mandou comprar vacina “na casa da sua mãe”. Bem como esses tantos que promovem festas clandestinas, aglomerações, sem uso de máscaras e não se preocupam em contaminar, espalhando vírus, mesmo que se diga que as variantes são mais fatais, para qualquer pessoa. O mundo deles é difícil entender, lamentavelmente.
Neste fim de semana a pandemia impôs uma vida com mais restrições, por todo o Brasil. Em alguns estados, como São Paulo, aplicou-se a fase vermelha, liberando-se apenas as atividades essenciais. Há quem esteja na fase preta, muito mais drástica (restritiva).
É certo que as praias se esvaziaram, as ruas também, mas houve bar/restaurante que recolheu as mesas das calçadas, fechando as portas principais e manteve a clientela internamente (atendendo silenciosamente) e quando os fiscais chegaram foi dito: “estamos esperando que paguem a conta”. Para as festas clandestinas o convite vem pelas redes sociais: o 1º endereço é “fake”. Só serve para o convidado receber outro endereço, também “fake”. O 3º é o verdadeiro. Dizem que esses eventos são promovidos pelo crime organizado. E assim rola o Brasil.
A fiscalização foi às ruas neste final de semana, até com a Polícia Militar que esvaziou restaurantes noturnos. Teve capital (São Paulo) que foi pior, neles recolhendo toneladas de drogas. Não se soube dos frequentadores presos, provavelmente protegidos pelos comerciantes ou são pessoas “intocáveis”, com “carteirinha” ou “assessorados” por milicianos, como é o costume no Rio de Janeiro e em outros pontos “badalados” do turismo nacional: onde frequentam os famosos (da música, do futebol, da política) não se fala…
São inatingíveis! Já as reuniões caseiras, em condomínios ou na vizinhança, não faltaram e nem se cogita impedi-las, pelo quanto não há informação. Neste caso, talvez o vírus seja barrado na recepção! Ou os convidados são os que testaram negativos e já estejam vacinados!
Desde os tempos do “Vila Rica” (“lei” de Gerson) o brasileiro se acostumou ao jeitinho de levar vantagem, aquele que dá certo, resolve tudo (“quebra os galhos”) e não importa como. Observe que isso já anda se alterando, porque este aprendizado é o do politicamente errado, que nossa cultura hoje repudia. Não podemos passar para a educação das novas gerações.
Nesta pandemia, nem o vai-e-vem do fecha e abre o comércio já não se resolve com o velho jeitinho brasileiro. E deve ficar pior, tomara. Só esperar vacina não resolve.