A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começou a produzir a vacina de Oxford/AstraZeneca em grande escala a partir desta segunda-feira, 8 de março. Pelo menos 3,8 milhões de doses serão entregues até o fim deste mês. Pelo calendário da instituição, 30 milhões de doses serão entregues até abril.
Até meados do ano, a Fiocruz espera já ter disponibilizado 100 milhões de doses. O anúncio foi feito durante a visita do governador Wellington Dias, do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas estão sendo produzidas.
Já houve a conclusão dos testes de fábrica – em que as condições da produção são testadas. Os chamados testes de consistência verificam, por exemplo, se há alguma contaminação dos frascos na linha de produção, se o volume envasado está calibrado corretamente, se a temperatura de todo o processo está correta, entre outras variáveis.
Para isso são feitas três produções independentes. Se houver qualquer problema, e preciso parar a produção para reajustar os equipamentos. Havia o temor de que algum desajuste pudesse atrasar ainda mais a produção, mas não houve contratempo.
Pelo calendário original, estava prevista a entrega de 15 milhões de doses até o fim deste mês. Um problema técnico em um dos laboratórios, no entanto, acabou atrasando a produção. A presidente da Fiocruz, Nísia Silveira, não participou presencialmente da reunião porque teve contato com uma pessoa que testou positivo para covid-19 na ultima sexta-feira, dia 5.
O assessor especial do Ministério da Saúde, Aírton Antônio Soligo, conhecido como Aírton Cascavel, afirmou que a Pfizer vai fazer um esforço para tentar antecipar a entrega ao Brasil do lote de 60 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 do quarto para o terceiro trimestre deste ano.
Cascavel relatou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está produzindo 400 mil doses por dia da vacina da AstraZeneca e o Instituto Butantan 660 mil doses diárias da Coronavac. De acordo com o assessor, a Pfizer garantiu a Bolsonaro que cinco milhões de doses antes prometidas apenas para o segundo semestre foram antecipadas e serão acrescidas aos dois milhões já previstos para maio e sete milhões de junho.
Para o terceiro trimestre, o cronograma atual é de dez milhões de doses por mês, chegando ao total de 99 milhões de doses em 2021 com os 60 milhões previstos para outubro, novembro e dezembro, mas que a farmacêutica tentará antecipar. O assessor do ministro Eduardo Pazuello reafirmou que o governo federal busca fechar contrato de 30 milhões de doses com a Janssen.